31/07/15

ASCENDENS - NÃO FAZEMOS BATOTA NAS TRANSCRIÇÕES


Caros leitores,

devido a certos acontecimentos, parece oportuno mostrar um pouco do nosso trabalho a respeito da transcrição textual.

Há quatro pessoas a tratar de transcrições para o blog ASCENDENS. Todas estas transcrições são feitas manualmente, e é regra que não possa ser de outra forma. O motivo deste critério poderia resumir-se a "se por bem mando ler os outros, tenho obrigação de ler também e primeiro".

O autor e responsável do blog ASCENDENS, nestes últimos anos, reuniu uma biblioteca digital de mais de 7000 exemplares (em PDF), na maioria obras antigas  (principalmente anteriores ao séc. XIX) relacionadas com a civilização católica, e em grande parte escritas em português. Desde livros doutrinais, história, leis, liturgia, didáctica das várias disciplinas, documentos papais e régios, apologias, sermões, espiritualidade, geografia, etc...

Como a maior parte das obras transcritas são antigas isso oferece dificuldades:

1 - A legibilidade: com bastante frequências aparecem palavras, frases, e até páginas, que por defeito de impressão, ou má digitalização pública, oferecem grande dificuldade de leitura, ou até mesmo a impossibilidade. Em vários casos destes, é necessário recorrer a uma outra edição, ou a um segundo ou até terceiro exemplar. As buscas por segundos exemplares não é fácil, e na falta disto, a publicação da obra no blogue tem que parar.

eis um exemplo com o nos deparámos ao transcrever uma parte do "Sermão do Desengano" (do Pe. Agostinho de Macedo)
Já aconteceu conseguir recorrer a livros físicos em bibliotecas públicas para obter três palavras seguidas.

Há digitalizações com problemas diferentes. Como foi o caso de faltar uma página à digitalização de uma curta e importante obra de D. José Azevedo Coutinho, que obrigou a fazer vários contactos com a Biblioteca Nacional do Brasil. Felizmente fomos bem atendidos, a Biblioteca agradeceu o aviso e corrigiu a digitalização, colocou-a online e enviou-no-la.

2 - A escrita: todas as obras cujo o português seja um pouco menos recente, depois de transcrita passa por uma adaptação. Exemplificando: o colaborador "Luís" transcreveu um capítulo de uma obra do séc. XIX, passa-a depois ao responsável do blog ASCENDENS. Nesta fase a ortografia pode em certos casos ser alterada sempre com a intenção de guardar o máximo que se possa da versão original, mas não de tal forma que em algumas ocasiões o leitor comum pudesse ficar confuso e perder-se no texto. Em obras do séc. XVIII, ou anteriores, há casos em que algumas frases têm de ser reestruturadas. E noutros casos há em que os erros de impressão ausentam palavras que temos de encontrar por suposição. /

Não é impossível contar o número de obras e de páginas transcritas e já  publicadas no blog ASCENDENS... quem achar pouco que as conte e nos diga (são mais de 2700 publicações). Há artigos e transcrições que estão na memória do blog, e por isso não são visíveis ao leitor, mas também há transcrições prontas ou interrompidas que nem sequer deram entrada na memória do blog.

Não trabalhamos por remuneração, e Deus nos continue a dar possibilidade de fazer um trabalho que outros não fazem tão bem e tanto mesmo pagos.

8 comentários:

Anónimo disse...

Agradeço ao responsável do Ascendens, e aos seu colaboradores. Muito obrigado.

Obrigado, porque este é um trabalho monumental, único, feito de forma acessível, e dando a conhecer autores que o liberalismo julgou sepultados.

Em frente, força. Que Deus vos ajude e pague da forma mais compensadora.

Os meus melhores agradecimentos,
Ricardo Azevedo.

anónimo disse...

Caro Ricardo Azevedo,

muito obrigado pelo seu comentário. As suas palavras serão transmitidas aos meu colaboradores. Creia que depoimentos como este são já uma paga, e que Deus nos continue a dar oportunidade de ir melhorando ou, pelo menos, manter este ritmo.

Em meu nome e também da equipa, muitíssimo obrigado. Deus o faça muito feliz.

Vá aparecendo.

Pedro Oliveira.

Anónimo disse...

Costumo dar sempre uma olhadela ao Ascendens.

Com os vários artigos originais que tem dá para editar um livro. Já pensou nisso?

(Ricardo A.)

anónimo disse...

Caro Ricardo Azevedo,

ainda há duas semanas (+/-) alguém se comunicou comigo sugerindo que, com base naquilo que escrevi no blogue a respeito de Portugal/hispanidad escrevesse um livro. Tenho algum receio... é o que acho! Contudo sei que é necessário quebrar algumas durezas que contra Portugal injustamente armaram.

O meu receio é mais pela parte da publicação, e nem tanto da redacção...

Agradeço a sua sugestão, e juntarei a outras que vão no mesmo sentido. Quem sabe, um dia ...

Volte sempre.

Anónimo disse...

obrigado obrigado obrigado

anónimo disse...

De manda, de nada de nada. Obrigado nós.

Volte sempre

Rafaela P.S. disse...

Tenho todo o orgulho de fazer parte desta equipa. Me sinto fazendo parte de algo que vale bem a pena.

anónimo disse...

Rafaela Silva,

e eu agradeço a colaboração, o esforço e confiança. Que um dos lemas a seguir continue a ser "a qualidade em primeiro, e se vier "número" que seja por ela".

Aproveito para dizer, e nunca o disse: o trabalho dado aos colaboradores tem sido escolhido para lhes trazer maior proveito, e não para lhes dar mais mais facilidade ou agrado. Tenho a certeza que com critério meu, com sacrifício vosso, também por meio estas tarefas estais hoje mais à frente que antes... elas acabam por servir de exercício de disciplina (também eu o experimento em mim), formação e informação das coisas que nos são próprias como católicos, e ajudam a complementar a formação da vontade e da inteligência (ou pelo menos a exercitar ambas). Enfim... só há benefícios.

Muito obrigado Rafaela Silva, espero que continue. Deus lhe pague.

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