15/08/14

EM FRANÇA, 1906 (Igreja / "estado")

Na França, os católicos (com seus Bispos) foram contra a ideologia segundo a qual o Estado deverá ser separado da Igreja, a católica revista mensal portuguesa chama "liberais" aos opositores destes católicos. Como é que hoje o nossos Bispos são os primeiros a defender a reprovada doutrina liberal, dizendo que o contrário não seria católico!?.

Assim se dá notícia no "Voz de Sto. António", em Janeiro de 1906:

"Foi finalmente votada a lei da separação entre Igreja e "estado" [aspas minhas]. Apesar dos inúmero protestos dos católicos, a "lei" foi aprovada por uma grande maioria [aspas minhas]. Nem era de esperar outra coisa. Os Bispos protestaram mas os liberais franceses não fazem caso de ninharias. Depois da expulsão das ordens religiosas a separação, a abolição do culto, a perseguição geral a todos os católicos e por fim... Deus sabe o que será. Espera-se com ansiedade que o Santo Padre fale sobre esta questão; os católicos franceses unicamente aguardam as suas ordens para se porém em campo, a luta aguerridamente em defesa das suas crenças.

O Santo Padre mandou publicar o livro branco em que estão inseridos todos os documentos, que originaram a separação, por onde se provará a evidência que a S. Sé não tem a mínima responsabilidade do que se está a passando em França.

- Uma questão que actualmente preocupa extraordinariamente o governo francês, é a de Marrocos, que se deve resolver na Conferência.

A Alemanha parece disposta a sustentar o que sempre tem julgado justo. M. Rouvier fez na Câmara importantes declarações a este respeito, que parecem terem sido bem acolhidos pela imprensa alemã.

Também a França mandou publicar o "livro amarelo" para justificar a sua intervenção na política marroquina, livro que foi acolhido pelo governo de Berlim, com algumas reservas. Diz-se que a Alemanha prepara um "livro branco" sobre Marrocos, em reposta ao "livro amarelo".

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