Na FLAMA ("Revista Semanal de Actualidades"), de 7 de Junho de 1963, transcrevo um interessante artigo, onde se nota claramente o que neste Papa o mundo aplaudia:
A MORTE DO PAPA
OS HOMENS PERDERAM UM PAI
OS HOMENS PERDERAM UM PAI
No dia 1 a janela dos aposentos do Papa abriu-se pela primeira vez depois de vários dias: João XXIII experimentava algumas melhoras. Mas por poucos minutos. Não havia esperanças.
Cá fora na vasta praça de S. Pedro, milhares de pessoas olhavam a janela, agora vazia, atrás da qual o Papa agonizava, e rezavam por ele, pelo seu Chefe simples e bom, pelo seu Pai. No mundo inteiro, homens e mulheres de todas as raças e credos, olhavam também, em espírito, aquela mesma janela. Em Nova Iorque as mais altas autoridades protestantes, em Londres o Arcebispo de Cantuária, em Moscovo o Patriarca Alexis, todas as igrejas cristãs oravam e convidavam os seus fiéis à oração: morria o Papa da Unidade. Os senhores "K" deste mundo, do Ocidente e do Oriente, chefes de Estado de quase todos os países da terra exprimiam o pesar das respectivas comunidades nacionais: morria o Papa da Paz.
"Continuaremos a amar-nos no Céus. Eu parto". "Ofereço-me pela Igreja, pelo Concílio e pela Paz". "Com a morte, nova Vida se inicia, uma glorificação em Cristo". "Deixem-me com o Senhor."
As horas passavam. E, depois de quatro longos dias de calvário, chegou o momento: da paz na Terra, sempre ameaçada e provisória, chamou-o Deus à Paz Eterna. Eram 19:49 de segunda-feira depois de Pentecostes.
(continuação, II parte)
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