(continuação da I parte)
Veja-se: por morte de D. Francisco de Santa Maria da Luz foi apresentado Bispo de Macau D. Nicolau Rodrigues Pereira Rorja; para suceder ao falecido Arcebispo de Goa, D. Nicolau de S. Galdino, foi apresentado D. José Maria da Silva Torres; para Nanquim foi apresentado o P. Joaquim Pereira de Miranda; para prelado de Moçambique foi apresentado o P. António José da Maia, vigário capitular da Prelazia; para Bispo de Angola foi nomeado o P. João Baptista de Castro; para Bispo de Cabo-Verde foi apresentado o P. João Henriques Moniz, pela renúncia de D. Frei Jerónimo de Barco; por morte de D. Bernardo António de Figueiredo foi nomeado Bispo de Faro D. António Bernardo da Fonseca Moniz, padre de Braga; por morte de D. Francisco José Rodrigues de Andrade foi nomeado Bispo do Funchal D. José Xavier Cerveira e Sousa, Lente de Coimbra; para Leiria foi nomeado D. Henrique Guilherme de Carvalho; e para o Porto foi eleito D. Jerónimo J. da Costa Rebelo.
No ano de 1844 já houve, por menos necessidade, menos provisões de bispados. Foi eleito bispo de Beja o Dr. Manuel de Azevedo Loureiro; foi nomeado Arcebispo coadjutor de Braga, D. José Maria da Silva Torres; porque em Roma, no convento de S. Bernardo morreu D. Frei Fortunato de S. Boaventura, no dia 26 de Dezembro, foi eleito em 1845 Arcebispo de Évora D. Francisco da Mãe dos Homens; por morte de D. José da Assunção do eleito Bispo de Lamego D. José de Moura Coutinho; o P. Jerónimo José da Mata foi apresentado para bispo coadjutor e sucessor da diocese de Macau.
Roma |
Como em 1840 morresse o Cardial patriarca D. Fr. Patrício da Silva, o Governo nomeia para o substituir D. Fr. Francisco de S. Luís que só é confirmado em 1843, sendo depois promovido ao cardinalato, sendo ablegado do barrete Mons. Vizzardelli e portador o guarda nobre Borgia de Velletri. Mons. Vizzardelli era auditor da Nunciatura que fôra nomeado quando o Internúncio e Delegado Apostólico Mons. Capaccini em 1841 e que foi para Lisboa pelo caminho de Londres e que em Lisboa se conservou até 1843, ano em que foi nomeado para lhe suceder Mons. Camilo di Pietro que esteve até 1853 como Internúncio e depois até 1858 como Núncio.
Mons. Capaccini foi pessoa eminente, diplomata que muita parte teve no restabelecimento das relações entre a Santa Sé e os vários Estados da Europa depois do Congresso de Viena e na conclusão das Concordatas que se negociaram naquela época. Nascera em Roma em 14 de Agosto de 1784 e fôra aluno do Seminário Romano (1793-1808), ordenando-se em 1807. Em 1811 foi para Milão como preceptor da Casa do Conde de Lambertenghi e depois como adido ao observatório astronómico de Nápoles.
De Nápoles regressou a Roma em 1815 e foi pelo Cardial Litta apresentado ao célebre Cardial Consalvi, o qual tendo conhecimento do engenho de Capaccini o chamou à Secretaria de Estado e bem depressa se valeuda sua habilidade para o restabelecimento das relações diplomáticas com várias nações.
Leão XII em 1824 nomeou-o substituto da Secretaria dos Breves e de lá o enviou aos Países Baixos para a estipulação de uma Concordata que foi negociada em 18 de Junho de 1827. No ano seguinte - 1828 - o mesmo Pontífice o nomeou Internúncio em Bruxelas. E Gregório XVI, sucedendo a Pio VIII em 1831 chamou-o a Roma, fê-lo Prelado Doméstico e Substituto da Secretaria de Estado e mais tarde, por causa da promoção de Mons. Luís Frezza ao Cardinalato, fê-lo Secretário da Congregação dos Negócios Extraordinários, que renunciou por motivos de saúde.
No entanto, no mesmo ano de 1837, teve uma missão em Viena de Junho a Outubro; outra em Outubro de 1838 em Florença com Meternich; outra em Nápoles em 1839; e ainda outra, de Abril a Dezembro de 1841, em Haia e Londres.
Depois da sua permanência em Lisboa, onde conquistou a amizade do povo e do Governo, reentrou em Roma no dia 24 de Novembro de 1843 mas em condições muito más de saúde pelo excesso de trabalho.
(a continuar)
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