30/01/14

OUTRA NOVA INFORMAÇÃO - AS POMBAS DO VATICANO (I)

A Rádio Comercial notificou que, a 27 de janeiro em 2013, o Papa Bento XVI tinha feito alusão às vítimas do "holocausto" antes de deitar a voar duas pombas (uma das quais atacada por uma gaivota). Fui então confirmar ao site do Vaticano, onde está o texto que antecede à oração do Angelus (aqui).

Neste 26 de janeiro, de 2014, o Papa Francisco tornou a lançar duas pombas depois da oração do Angelus (uma foi atacada não só por uma gaivota como também por um corvo). O texto do Angelus está aqui, e não encontrei a tradução da leitura feita pela menina que precedeu. O Papa anunciou ainda que irá proceder à "beatificação" da Rainha Maria Cristina de Saboia.

Ora bem! O Papa Francisco, neste Angelus, deu-nos o mau por bom e, como sempre, a multidão aplaude! Por isso, a multidão não consegue fazer uma apreciação suficiente sobre o que lhe é dado a "comer".

Uma das lutas da Rainha Maria Cristina de Saboia foi a da abolição da pena de morte. O motivo verdadeiro pelo qual nunca tinha sido beatificada, desconheço! O que sei é que a causa da abolição da pena de morte não é muito católica, e os opositores "católicos" tudo farão para "canonizar" tal causa.

Vamos agora dar uma vista de olhos ao discurso que precedeu o Angelus:

1 - "A sua missão não parte de Jerusalém, isso é, do centro religioso, centro também social e político, mas parte de uma zona periférica, uma zona desprezada pelos judeus mais observadores, por motivo da presença naquela região de diversas populações estrangeiras; por isto o profeta Isaías a indica como “Galileia dos gentios” (Is 8, 23)."

Herodes, instalado em Jerusalém, era falso Rei, usurpador do Trono da Família Real, a família de Nosso Senhor (a Casa de David - quer por parte de Nossa Senhora, quer por parte de S. José). Assim, quando Nosso Senhor foi interrogado por Herodes, não lhe deu resposta alguma, nem palavra. Mas se Nosso Senhor não respondeu a Herodes (não lhe dando reconhecimento), respondeu vagamente a Pilatos.

Jerusalém não era o centro de poder romano, e sim Roma. Nem em Jerusalém funcionava já o verdadeiro poder real. O Trono estava vacante, o centro de poder governativo estava tomado por Roma (centro de poder provisório).

O poder religioso, esse sim, estava em Jerusalém, com toda a legitimidade. Contudo, o Santo dos Santos foi abandonado por Deus (o rasgar do véu)  assim que Nosso Senhor Morreu! Se já era vago o Trono, agora era vago o Templo. Eis que Nosso Senhor viveu num tempo em que estava usurpado o Trono, e veio completar a vacância de Jerusalém com o vagar do Templo. Apenas os judeus continuaram a referir-se a Jerusalém como "centro de poder"! O último poder que operou, foi o romano.

Roma foi destinada por Deus a ser o verdadeiro centro do Poder temporal e religioso, aí Deus estabeleceu o centro da Sua Igreja.

O Papa Francisco esqueceu-se que o intuito de Nosso Senhor naquele tempo, a "sua missão", foi estabelecer a Igreja, cujo centro de Poder é em Roma. Ora, hoje, de Roma, centro de Poder que Deus estabeleceu, o próprio Papa fala-nos como se Herodes não tivesse sido falso Rei, e como se Deus não tivesse preparado o Seu próprio abandono do Templo de Jerusalém! Nosso Senhor preparou na "periferia" a construção da Igreja, para que viesse a ter assento no CENTRO do CENTRO da maior civilização daquele tempo: Roma. Deus recolhei da periferia da Jerusalém condenada, o novo CENTRO.

O Papa lá vai aproveitando para alimentar certas ideias:
> "... desprezada pelos judeus mais observadores," (desfavorecimento da observância)
> "... região de diversas populações estrangeiras," (favorecimento do que é alheio à Igreja, como pode ser o falso ecumenismo).

2 - "É uma terra de fronteira, uma zona de trânsito onde se encontram pessoas diferentes por raças, culturas e religiões. A Galileia torna-se assim o lugar simbólico para a abertura do Evangelho a todos os povos. Deste ponto de vista, a Galileia assemelha-se ao mundo de hoje: com presença de diversas culturas, necessidade de paralelo e de encontro."

A Galileia era um caldo, por assim dizer! De lá, Nosso Senhor converteu. Mas o Papa Francisco, em vez de fazer da Galileia um lugar simbólico de gentes diversas que se convertem, faz dela um lugar simbólico de gente de diversas culturas e religiões sem mencionar o principal: a conversão. Para o Papa, segundo podemos ler, a Galileia e o mundo de hoje caracterizar-se ainda pela "necessidade de encontro"!?... Não há sequer espaço para dúvidas que alguma vez alguém se tenha movido para a Galileia por necessidade de encontro, nem foi "encontro" que Nosso Senhor pregou aos galileus, mas sim a conversão. Ora, assusta-me que hoje nem os próprios "católicos praticantes" vejam já que lhe estão a dar "encontro" por "conversão", e nada se queixem, e vão aceitando ao ponto de mandarem a Santa Doutrina da janela fora porque segue o exemplo do Papa!

(a continuar)

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