06/01/14

A COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA EM FÁTIMA (1946)

Não pela opinião do autor, mas pela informação contida:

"Foi a 1 de Maio de 1946 que se celebrou a coroação de Nossa Senhora, em Fátima.

Reacendia-se nas almas a chama sagrada do cristianismo. Fátima era considerada o Altar do Mundo!

As azinheiras cresceram, a primitiva capelinha dera lugar a um grandioso edifício, uma basílica, de braços abertos a receber os fiéis, de todas as raças, de todos os continentes, que ali se dirigem com fé. Fátima delatava-se, e constituia pedra basilar do cristianismo do nosso tempos; convertia-se, verdadeiramente, na Pátria adoptiva de Nossa Senhora, Terra inalienável da Mãe de Deus. Terra de Santa Maria.

Como dissemos, celebrava-se naquele dia, o tri-centenário da proclamação, em Cortes Gerais, da Virgem Maria, Padroeira de Portugal, para se proceder à coroação da Mãe dos homens.


Fátima, nesse dia festivo, abraçara cerca de oitenta mil pessoas, oriundas de quase todos os pontos da Europa. De Roma, veio especial Embaixada, presidida por Sua Eminência o Cardeal Masella, legado de Sua Santidade o Papa Pio XII. O Chefe do Estado, então o General Carmona, a par do Governo, fizeram-se representar naqueles actos, vendo-se o Ministro do Interior, que entregou ao Cardeal Legado a belíssima coroa de ouro com pedras preciosas, como oferta dos portugueses, que este colocou na cabeça da Imagem da Virgem de Fátima. Esta cerimónia, foi presenciada pela assistência, dentro do maior respeito e recolhimento.

O Mundo cristão estava ali representado, de joelhos, rezando com fé, pedidndo a conversão dos pecadores, conforme Nossa Senhora tivera dito a Lúcia.

O milagre era visível, cumprira-se a palavra de Deus!

Que dúvida pode existir, perante tão flagrante acontecimento!

Ainda há quem não veja esta verdade?

Os cegos por natureza, não vêm a luz do dia, mas os que são crentes, vêem a luz da verdade, a luz que lhes ilumina as almas apesar de lhes faltar a vista. Enquanto que os ímpios, os incrédulos, são mais cegos do que os próprios cegos de nascença, porquenão vêem Deus através do espírito, por falta de fé.

Os altifalantes funcionavam, transmitindo as cerimónias, quando subitamente se ouviu a voz clara, cheia de verdade, de Sua Santidade o Papa Pio XII, ao falar em português, numa alocução ao povo, reunido em Fátima.

Era essa figura altíssima da Igreja do séc. XX que estava com Fátima, devido às recentes descobertas da humanidade, por meio do dom que Deus confere à inteligência do homem para se elevar no tempo e no espaço.

Sua Santidade o Papa Pio XII estava em espírito em Fátima, transmitindo a sua mensagem: 

"Basta reflectir, nestes três últimos decénios, pelas crises atravessadas e pelos benefícios recebidos equivalentes a séculos; basta abrir os olhos e ver esta Cova da Iria transformada em fonte manancial de graças soberanas, de prodígios físicos e muito mais milagres morais, que a torrentes daqui se derramam sobre todo o Portugal e, de lá, rompendo pelas fronteiras, se vão espraiando por toda a Igreja e por todo o Mundo."

Fátima, tinha de revelar-se, porque era a vontade de Deus.

Este acontecimento é tão transcendente, que muita gente ainda não compreende, não atingea sua grandeza, a sua projecção no Mundo.

Naquele dia solene,procedia-se à confirmação, ao crisma, oficial, da vassalagem dos portugueses à sua Mãe Santíssima,Padroeira de Portugal.

Depois de tantos anos de luta acérrima contra Fátima, porque alguma coisa de concreto ali se passara, a luz da verdade aclarou os factos, e a heresia foi calcada aos pés da justiça, enquanto que a palavra do Redentor triunfava na serra de Aire, ecoando para todo o mundo.

Grandioso momento para a História da Cristandade. "Eu dou-vos a minha Paz", disse Jesus Cristo, e, essa paz confirma-se naquele dia, Paz com Deus; Paz com os homens; porque se a paz não se tivesse estabelecido, não estaria em Fátima aquela multidão de gente de todos os pontos do Mundo.

Já não católico que não tenha seus sentidos ligados a Fátima, que nas horas angustiosas da sua vida, não tenha evocado Nossa Senhora de Fátima, a milagreira, pelos seu coração bondoso de Mãe."
(José Dias Sanches)

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