30/12/13

QUADRO CRONOLÓGICO DA REVOLUÇÃO FRANCESA (IV)

(continuação da III parte)
Ano III da República (22 de Setembro de 1794)

A 22 de Setembro, em Vindimário do Ano III Legendre, deputado, denuncia Barrere, Billaud-Verennes; e Collor d'Herbois.

A 25 do mesmo mês as cinzas de J.J. Rousseau são transferidas d'Ermenonville ao Pantheon.

Durante o terrível inverno de 1794 Pichegru faz a conquista da Holanda. A estação do tempo, e o rebentarem os Diques, lhe deram esta victoria.

Em Firmário fecha-se a Sala dos Jacobinos por um decreto com pena de morte.

A 18 os setenta deputados, presos a 3 de Outubro de 1793, tornam a entrar no seio da Convenção.

A 26 de Carrier, o Algoz de Nantes, expira suas maldades no cadafalso.

Combate de Quiberon (1795)
Jean Sorieul

1795

A 12 de Ventose a  Convenção decretada de acusação Rarrere, Billaud-Varennes, e Collot d'Herbois.

A 12 de Germinal, insurreição dos arrabaldes de Santo António, e São-Marcel, contra a Convenção. Barrere, Billaud-Varennes, Collot-d'Herbois, Vadier, e outros, são condenados à deportação.

A 25, Tratado de Paz entre a França e a Prússia.

A 15 de Florar, execução de Touquier-Thainville.

No I de Prairial, insurreição contra a Convenção. Pedem pão, e a Constituição de 1793. O Representante Fernaud é assassinado, e levamsua cabeça na ponta de uma lança até à vista do Presidente.

A 20 de Prairial, morte do filho de Luís XVI, tendo dez anos de idade, na prisão do Templo. O cirurgião, que abriu seu cadáver, morreu poucos dias depois, o que deixou grandes suspeitas.

A 12 de Messidor, decreto declarando que a filha de Luís XVI seria remetida à Casa de Áustria, em troca dos deputados entregues por Dumouriez aos generais Austríacos.

A 4 de Thermidor, tratadod e paz entre a França, e a Espanha. Origem das calamidades e roubos que tem sofrido esta segunda potência; e causa dos males que sofre a Península.


Ano IV da República (22 de Setembro de 1795)

A 13 de Vindimário, insurreição de quase todas as secções de Paris contra a Convenção, por causa dos decretos de 5, e 13 de Fructidor, adicionais à Constituição de 1795.

A 20 Barrere é condenado à deportação.

A 4 de Brumário a Convenção, depois de ter abolido a pena de morte, a principiar do Dia da Paz Geral, termina sua sessão.

A 3, primeira sessão dos dois Conselhos no novo Corpo-Legislativo.

A 10 nomeiam por Directores Larvíveillére-Lepaux, Letourneur, (de Mancha) Revbel, Sieyes, e Barras. Sobre a recusação de Sieyes é Carnot promovido ao Directorio.

Os 6 Primeiros Ministros nomeados pelo Directório, são: Aubert-Dubayet, para a Guerra; Truguet, para a Marinha; Carlos-Lacroix, para as Relações Exteriores; Merlin (de Douay), para a Justiça; Gaudin, para as Finanças; e para o Interior, Bénézech.

Em Frimário Empréstimo forçado de 600 milhões em numerário. O Exército de Sambra e Mosa, derrotado, e quase inteiramente desorganizado, repassa precipitadamente o Renho. Pichegru foge com o Exército de seu Comando.


1796

No I de Nivose, decreto que ordena de quebrar a Prancha dos Assinados.

Em Pluviose, Puisaye, e Stoflet, Chefes dos Chouans, são presos, e espingardados.

A 28 de Ventose, criação de dois milhares e 400.002.000 de mandados territoriais.

Em Germinal, na primeira década, Charrette, um dos principais chefes dos Vendeenses, é preso, e espingardeado em Nantes a 9.

Em Florar, o conspirador Babeuf é preso, como também alguns de seus cúmplices.

A 30, ratificação do tratado de paz entre França, e o Rei de Sardenha.

Nos meses, que acabamos de correr, se abriu a Campanha de Itália: Bonaparte por meio de suas intrigas costumadas; tais como as que usam seus Generais na Península, ganha as batalhas de Montelesimo.

A 15 de Germinal, primeira sessão do Instituto nacional.

A 14 de Fructidor,conspiração para atacar o campo de Grenelle.Uns Representantes do Povo (Hugues, e Jevoques) estão à testa deste comboio. São punidos de morte em Vindimário do ano 5.

Kleber se apodera de Francfort a 26.

No V dia, complementário do ano 4, morte do General Marceau, de idade de 27 anos.


Ano V da República (22 de Setembro de 1796)

A 19 de Vendimário, tratado de paz entre França, e o Rei de Nápoles.

A 27 sabe-se a morte da célebre Imperatriz Catherina II. Paulo I lhe sucede. Quase na mesma época morte do Rei de Sardenha, que tem por sucessor o Príncipe de Piemonte, e seu filho.

A 28, retificação do tratado de paz, concluído entre França, e o Duque de Parma.

A 25 e 26 de Brumário, o Exército de Sambra, e Mosa é batido completamente na Francónia. Então é que Moreau, à frente do Exército do Reno, executou aquela admirável retirada, um dos seus maiores títulos à imortalidade.


1797

Em Nivose, o Príncipe Carlos, apesar do grande número dos franceses, toma o Forte de Kell.

No I de Ventose, tratado de paz entre o Papa Pio Vi, e a República francesa.

Em Floreal, sabe-se que os preliminares da paz foram assinados em Leoben, entre Bonaparte, e o Imperador, a 20 de Germinal.

No I de Prairial, instalação do novo terço no CorpoLegislativo.

A 5, Barthelemy é nomeado Director, em lugar de Letourneur, que saíra pela sorte.

A 7 a Alta-Corte de Justiça, em Vendome, condena à pena de morte os conspiradores Babeauf, e Darthé, e alguns de seus cúmplices àdeportação. 

A 18 de Fructidor ambos os Conselhos são cercados pela força armada. 19 deputados são presos e levados ao Templo coo também Barthelemy. Curnot fôra assás feliz para poder evadir-se. Lei que condena 53 deputados à deportação; os Directores Barthelemy, e Carnot são condenados à mesma pena, etc.; a,bos estes directores são substituidos por Merlin, e François de Neufchateau.

No terceiro dia complementário, morte do General Lazaro Hoche, em Wetzlard, no trigésimo ano de sua idade, não sem violentas suspeitas de veneno, e até houve indícios quase convincentes, pelo relatório dos cirurgiõe, que abriram seu cadáver.


Ano VI da República (22 de Setembro de 1797)

A 26 de Vidimário, tratado de paz entre o Imperador, e a França, assinado em Campo-Formio.

A 25 de Brumário Bonaparte deixa a Itália, para ir ao Congresso de Rastardt.

No mesmo mês Frederico-Guilherme III sucede ao Rei da Prússia, seu pai, morto na idade de 54 anos. 

A 15 de Frimário Bonaparte chega a Paris. Dão-lhe a 20 uma festa brilhante no Luxamburgo.

A 30 o Corpo Legislativo dá um banquete a Bonaparte, na galeria do Museum.


1797

A 8 de Nivose, assassínio do General francês Duphot, num motim popular em Roma.

A 5 de Pluviose, faz-se em Holanda um 18 Fructidor, que se atribui às intrigas de Carlos Lacroix, Ministro de França junto a este governo. 22 Representantes, e seis Membros da Comissão Diplomática são presos.

A 27 de Pluviose, o General francês Alexandre Bertheir, entra com seu Exército em Roma, e nela estabelece a República Romana. Grande profanação dos Templos pelos soldados franceses.

A 4 de Ventose, reunião da República de Mubausen, cantão suíço, à França.

A 25, entrada dos franceses em Berne: estabelecem a nova República Helvética.

Em Floreal, reunião da República de Genebra à França, com a denominação de Departamento do Leman.

A 15 deste mês, Bonaparte parte de Paris para ir a Toulon, onde se embarca, poucos dias depois, com uma frota, e um Exército considerável.

A 26, o Director François de Neufchateu, saído do Directório pela sorte, é substituído por Treiljard; que, a seu turno, é substituído na sua missão a Rastardt por João-de-Bry.

No mesmo dia 26 o Representante Sieyes é mandado como embaixador à Prússia. A insolência do Director em mandar um tão conhecido regicida por embaixador a um Rei foi somente exercida pela fraqueza, ou traição dos Ministros da Prússia, não só em não aconselharem o Rei a repelir esta indignidade, mas em o persuadir a que desonrasse a Monarquia, e os Monarcas consentindo na sua Côrte a presença de um dos assassinos de outros soberano. Com tudo não foi na Prússia onde Sieyes achou um acolhimento mais lisonjeiro, e uma residência mais agradável. Ele foi excluído de mais de uma sociedade, onde todos os outros embaixadores eram admitidos; e quando lhe davam entrada em alguma casa, os outros fugiam dele, desprezavam-no e detestavam como um monstro. Sieyes pedindo o apresentassem ao Marcheal de Campo o Barão Knobelsdorff, este velho, e leal guerreiro repentinamente respondeu: "Non et sans phrase" aludindo à cruel expressão, de que Sieyes se serviu, quando votou na morte de Luís XVI. Eis aqui seu voto "La mort sans phrase", (a morte sem mais rodeios).

A 24 de Prairial, a República Batava experimenta uma crise violenta, que não se aquieta senão pela repetição de um 9 Thermidor de França. Mandam Bernardote para ali substituir Carlos-Lacroix. Em Suíça Rudler substituira o Comissário Rapinat, criatura do Director Rewbel, e o flagelo da Suíça.

A 25 de Prairal, Malta, tendo por Grão-Mestre da Ordem um francês, capitula às ordens de Bonaparte, o qual toma posse dela.

Em Messidor, Bonaparte principia a querer conquistar o Egipto; porém sua frota foi batida,e destruída no combate de Aboukira 14.

A 9 e 10 de Thermidor, festa em Paris pela entrada triunfal dos monumentos, das ciências, e das artes roubadas sobre a Itália.

A 3 de Fructidor, Luciano Bonaparte denuncia que Trouvé, Embaixador junto à República Cesalpina, procura fazer neste novo Estado.

(a continuar)

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