(continuação da parte a)
Luís XVII, de França |
Pois os pedreiros de Portugal no ano de 1820, que esta era a matéria que eu tinha entre mãos, disseram no seu alarmante, e encantador grito de 24 de Agosto dado no Campo de Sto. Ovídio no Porto, e repetido sucessivamente por todo o Portugal, que pretendiam que o Senhor Rei D. João VI regressassem do Brasil, e se fixasse em Lisboa, Metrópole de todos os domínios portugueses, e que aí jurasse guardar, e que agradasse aos povos a suas regalias, foros, e privilégios, para ele também ser jurado, e reconhecido Rei de Portugal; e por quando ainda o não havia feito, para remediar tão grandes mada maioria do povo português, ou a amizade é uma quimera.
Como quer que isso seja, os pedreiros de Portugal no ano de 1820, e 1821, fizeram o que quiseram, ou o que puderam: insultaram o Rei, zombaram da nação, e dispuseram dos seus cabedais, como se fossem só deles. Disseram então que haviam mandado um milhão de cruzados aos pedreiros da França para sublevarem os povos daquele reino contra Luís XVIII. - Este boato não careceu de fundamento, porque lá se veio o General Briton insurgir-se contra o Governo de Luís XVIII; e na verdade não sei com que pretexto, porque tolerância civil, e religiosa, e constituição lá havia, e bem liberal; devia ser para acabar com Luís XVIII, assim como acabaram com Luís XVI, e agora com Carlos X. O certo é que em França começou o extermínio dos Bourbons; e na Itália, Espanha, e Portugal devia consumar-se esta inaudíta, cruel, e horrorosa empresa do maçonismo. Mas eu não lancei mão da pena senão para a Defeza de Portugal, e esta consiste na firmíssima adesão aos Bourbons [questionável], sem intrometer-se, no que vai nos outros países, onde as causas vão, e vêm, e andam em perpétuo movimento, em quanto Deus não dá descanso e paz ao mundo.
Devo pois dizer o como os pedreiros de Portugal desempenharam a sua palavra de convocar Côrtes; mas eles não guardam palavra; e assim mostrarei que eles não queriam Rei, nem Côrtes, que é uma premissa para dela tirar a consequência de que não é possível saber-se o que os pedreiros pretendem; não pelas suas palavras, porque as não guardam, não pelas suas obras, porque se desmentem: repito, sempre estúpidos, sempres velhacos, eles carecem de pau para serem ensinados, e para serem corrigidos. Eu entrego o pau aos povos para defenderem a Portugal de pedreiros, e aparo a pena para a defesa dos povos, instruindo-os, e convencendo-osde que os pedreiros só tratam de se enriquecer à custa dos mesmo povos, o que hei-de demonstrar no número seguinte.
Rebordosa 21 de Agosto de 1831.
Devo pois dizer o como os pedreiros de Portugal desempenharam a sua palavra de convocar Côrtes; mas eles não guardam palavra; e assim mostrarei que eles não queriam Rei, nem Côrtes, que é uma premissa para dela tirar a consequência de que não é possível saber-se o que os pedreiros pretendem; não pelas suas palavras, porque as não guardam, não pelas suas obras, porque se desmentem: repito, sempre estúpidos, sempres velhacos, eles carecem de pau para serem ensinados, e para serem corrigidos. Eu entrego o pau aos povos para defenderem a Portugal de pedreiros, e aparo a pena para a defesa dos povos, instruindo-os, e convencendo-osde que os pedreiros só tratam de se enriquecer à custa dos mesmo povos, o que hei-de demonstrar no número seguinte.
Rebordosa 21 de Agosto de 1831.
Alvito Buela Pereira de Miranda.
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