10/06/13

10 de JUNHO de 2013 - DIA DO CUSTÓDIO DE PORTUGAL

Hoje, dia 10 de Junho comemora-se a Festa do Anjo de Portugal.

"(...) As origens desta devoção [ao Anjo de Portugal], contemporânea da fundação de Portugal, remontam ao século XII, estando associada à alegada aparição do arcanjo São Miguel a D. Afonso Henriques durante um cerco efectuado pelos mouros, em 1171, à cidade de Santarém. Ao longo dos séculos a tradição foi identificando o Anjo Custódio de Portugal com o Arcanjo São Miguel, mensageiro de Deus e chefe dos exércitos celestes. Em 1504, o rei D. Manuel I e os prelados portugueses solicitaram ao Papa Júlio II a oficialização desta devoção, que viria a ser oficializada pelo seu sucessor, o Papa Leão X, através de um breve que instituía a Festa do Anjo Custódio do Reino de Portugal. Em 5 de Novembro de 1590, o Papa Sisto V concedeu-lhe ofício próprio.

Depois de oficializada esta festa, que foi incluída nas Ordenações do Reino, o Rei D. Manuel I ordenou que em todas as cidades, vilas e lugares de Portugal fosse celebrado o dia do Anjo Custódio do Reino com uma solenidade equiparada à do Corpo de Deus, a maior festa religiosa da época: “E assi mesmo mandamos que em cada huũ anno no terceiro domingo do mez de Julho polo dito modo [da Visitação de Nossa Senhora] se faça outra precissam solene por comemoração do Anjo Custodio, que tem cuidado de nos goardar e defender pera que sempre seja em nossa guarda e defensam. As quais Precissões se faram, e ordenaram com aquella festa e solemnidade com que se faz a Precissam do Corpo de Deos.” (“Ordenaçõens do Senhor Rey D. Manoel, Livro I, Titulo LXXVIII § I”).

A devoção ao Santo Anjo da Guarda de Portugal ganhou um novo impulso com as visões que os Pastorinhos tiveram daquele anjo, em 1916, preparando-os para as aparições marianas do ano seguinte e apresentando-se como “Anjo de Portugal”, “Anjo da Paz” e “Anjo da Eucaristia”. Celebrada ao longo de séculos no terceiro domingo de Julho, a Festa do Santo Anjo da Guarda de Portugal foi fixada no Calendário Litúrgico de Portugal no dia 10 de Junho, através de um Rescrito da Sagrada Congregação dos Ritos de 28 de Junho de 1952, aprovado por Pio XII." (Nuno Madureira)

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