04/05/13

O ÓRGÃO - O INSTRUMENTO DA IGREJA, EM PORTUGAL (XII -a)

Basílica de Santa Maria Maior,
Sé Catedral de Lisboa

(Lado da Epístola)








2 comentários:

Manuel Maria Saraiva da Costa disse...

Este é um instrumento que me deixa saudade, por nele ter trabalhado durante 5 anos, de 1970 a 1974, quando fui “obrigado” a deixá-lo por motivos alheios à minha vontade e já dados a conhecer noutro lugar.
Tendo este órgão sido “abandonado na sua manutenção” até quase à sua degradação, felizmente foi recuperado.

anónimo disse...

Manuel M. S. da Costa

Obrigado por ilustrar este modesto artigo de imagens.

Depois do Concílio Vaticano II a ala progressista achou dar azo a todas as suas esperanças. No clero português, a ala progressista desejou diminuir ou exterminar até a música tradicional da Igreja e o seu instrumento. o 25 de Abril acrescentou a isso a sensação de que tal absurdo fosse então ainda mais possível.

A ala progressista foi gradualmente subindo ao poder, contudo, com medo de descontentamentos, a nova e alta hierarquia da Igreja tentou desfigurar o rosto da Igreja da forma menos conflituosa possível. Hoje parece até que os eleitos são aqueles que apresentaram um trabalho de operar a revolução com menos "barulho" possível.

Tomo a liberdade de que copiar a sua apresentação:

"Aos 12 anos de idade comecei como aprendiz com meu pai, na construção, reparação e afinação de Harmónios. Reparação e afinação de Pianos e Órgãos de Tubos. [instrumentos musicais] Aos 16 anos trabalhava por conta própria. Com 22 anos tinha a Carteira Profissional na especialidade de Rádio e Electrónica, que me permitiu trabalhar nos acordeões e órgãos electrónicos, amplificadores de som, e acumulei ao meu trabalho nos instrumentos, a manutenção do controlo electrónico das novas máquinas instaladas na “FACAR”, em Leça da Palmeira, Matosinhos. Aos 27 anos fui para a Holanda com uma bolsa de estudo onde me aperfeiçoei na Construção, Manutenção, Afinação e Restauro dos Órgãos Antigos ou Históricos. Trabalhei como Organeiro na Gulbenkian em Lisboa, de 1970 a 1974, e como Encarregado da Orquestra Gulbenkian, de 1974 a 1980. Em 1980 emigrei para trabalhar no restauro do "Sydney Town Hall Grand Organ". Em 1990 como "Mestre Organeiro" foi-me entregue, a conservação, manutenção e afinação daquele prestigioso Órgão, no qual trabalhei 31 anos, até me aposentar em 2011. com 72 anos de idade. Ver mais no meu CURRÍCULO." ( http://www.blogger.com/profile/00574276321225109036 )

Os efeitos da "revolução pós conciliar" foi causando grandes males... Assim, mais recentemente, surgiram as tentativas "revalistas" com a esperança corrigir ou minimizar certos danos. É nesta contexto que apareceram também uma vaga de restauros e aquisição de novos instrumentos, ao ponto de hoje sermos um dos países apontados como exemplo: muitos organista sacros, instrumentos, e uma rede de promoção. Etc..

Adianto já que o "revivalismo", embora com os frutos esperados, não se aguentará sem que passe a ser uma mera "opção" e não uma coisa apropriada. A "demolição" na Igreja não poupará sector algum, por mais remendos que sejam feitos ao "barco".

Enfim... é o meu parecer ponderado (sim... ponderado).

Volte sempre.

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