11/05/13

O EXTRAORDINÁRIO ASCENDENS VAI AO SANTUÁRIO DE FÁTIMA? - DIA 12 e 13 de Maio de 2013

As duas basílicas de Fátima, frente a frente.
Uma ordinária e a outra extraordinária.
Não não, o ASCENDENS não estará em Fátima no dia 12 e 13 de Maio. Não há dinheiro para viagens, mas mesmo que o houvesse, saber-se lá se ainda há espaço no Santuário para os católicos que não aceitam abandonar a Doutrina de sempre.

Ao olhar o programa do Santuário de Fátima (para os dias 12 e 13, de Maio, a Outubro de 2013), ponto por ponto, e hora por hora, deparo-me com as mais desconfortáveis realidades. Para mostrar ao leitor o que desconforta, foca aqui o dito programa, acrescentado aquilo que pensei cá para mim:

Dia 12

07:30 - "VIA-SACRA, aos Valinhos, partindo da Capelinha das Aparições e terminando na Capela do Calvário Húngaro, com a Eucaristia. (Pedimos aos grupos que se abstenham de fazer via-sacra própria, entre as 07h30 e as 09h00, para não perturbar a oficial)".
Eu a pensar: Será a Via Sacra, ou é "neo via sacra" com 15 estações!? Se a oficial for a neo, haverá possibilidade de fazer a Via Sacra em grupo mas não oficialmente? O Santuário promove em algum dia a Via Sacra, ou os católicos que se sujeite apenas à neo? Bem... na pior das hipóteses, resta alguma solução não oficial, à recreação dos fiéis. (A neo, cada vez mais, tira o espaço oficial à Via Sacra. Não tarda a que, para distinção, se chame à Via Sacra de sempre "forma extraordinária da Via Sacra").

07:30 a 13:30 - MISSAS - O Santuário, neste espaço de tempo, distribui 7 missas em várias línguas não litúrgicas (vernáculo: alemão, inglês, francês, espanhol, holandês, italiano, polaco).
Eu a pensar: Pois... aqui a forma oficial é o Missal de Paulo VI, e nem há obediência sequer ao Concílio Vaticano II, o qual nesta matéria repete o que sempre disse a Igreja: a língua própria da nossa liturgia é o latim. Vou à Missa onde!? O ponto mais perto é a capela da FSSPX em Fátima. O Santuário dá espaço até às línguas diferentes contra o que é próprio, mas nem uma Missa tradicional garante! (A Missa de Paulo VI ocupa hoje o espaço da Missa tradicional católica, à qual agora costuma ser chamada de "forma extraordinária").

16:30 - MISSA [moderna] com "a participação dos doentes" e procissão eucarística.
Eu a pensar: Ai... a ideologice da "participação activa" [também dita "animada"] já ultrapassou de longe ideia do Concílio Vaticano II; tem-se a agora a presença desses doentes na missa como participação. As curas que se dão em Fátima não costumam ser durante a Missa moderna, mas sim fora dela, por exemplo, na "bênção do Santíssimo". (Ir à missa "com a participação dos doentes" é só para quem abandonou o Rito Romano codificado por S. Pio V ... então é melhor manter-me são, senão ainda um dia me podem confundir com um "doente ordinário").

18:30 - INÍCIO OFICIAL DA PEREGRINAÇÃO (na capelinha das aparições).
Eu a pensar: Início no dia 12!? Será que se eu começar a peregrinação no dia 10 iniciei oficialmente a minha peregrinação!? (seja como for, há sempre a possibilidade de se ser "peregrino extraordinário")

21:30 - Bênção solene de velas, rosário, na Capelinha das Aparições, e "procissão de velas".
Eu a pensar: Haverá mesmo bênção, ou é apenas aquela coisa que os padres agora chamam de "bênção" (podiam-lhe chamar de "bênção ordinária", para não confundir os fiéis). Mas pouco tem a ver com o ritual da bênção de objectos? Não sei... só escrevendo ao Santuário! Ai agora chamam "procissão de velas" à "procissão das velas"!?... Mudança para pior... a procissão é de pessoas, e não de velas... pelo menos com a designação antiga, popular, sempre havia enquadramento. e sentido. No rosário haverá "mistérios" luminosos? Espero que não, visto que nunca existiram... Como será que rezam o rosário (três terços) se julgam agora haver quatro grupos de mistérios!? (Talvez tenhamos que começar a chamar ao rosário tradicional "forma extraordinária do rosário"!)

22:30 - Eucaristia, no Recinto.
Eu a pensar: Mais do mesmo. Agora no recinto. Nem aqui, que não há várias missas por língua se reza a missa em latim, por motivos de universalidade. (inteligência ordinária).

Dia 13

00:00 - NOITE DE VIGÍLIA
Eu a pensar: Finalmente uma coisa que dá até para todos os "credos" e "raças"; agora sim, finalmente dá também para tradicionais católicos! (Obrigado Santuário pela trégua no programa)

02:30 - VIA SACRA
Eu a pensar: A trégua durou duas horas e meia, pois esta neo "via sacra" não dá para ser feita em grupos, devido ao local fechado. (Parece ter sido uma "trégua extraordinária"... veremos pelo resto.)

03:30 - CELEBRAÇÃO MARIANA
Eu a pensar: Pois... não sei do que se trata!

04:30 - MISSA
Eu a pensar: Mais do mesmo... Nem à hora em que quase todos estão a dormir há a Missa de sempre.

05:30 - ADORAÇÃO com LAUDES
Eu a pensar: Nem avisam que as "laudes" não são as Laudes. Mas posso rezar estas, porque sei que não têm nada de impróprio, embora não me contem realmente como Laudes. A Adoração, sim senhor, é de confiança. (este breviário, "liturgia das horas", pertence à "forma ordinária"... Não adianta esperar que aqui se reze o Breviário tradicional da Santa Igreja. Novamente a expulsão da Tradição da Igreja por intermédio das coisas "ordinárias").

07:00 - PROCISSÃO EUCARÍSTICA
Eu a pensar: Hoje há que ter primeiro uma conversa discreta com o sacerdote que vai consagrar, e tentar descobrir se de verdade acredita na Transubstanciação... Sei lá qual vai ser o padre consagrante!... Hoje cada vez mais costumam consagrar invalidamente por lhes falar a "intenção"!... Lá se vai provavelmente a "eucarística" da dita procissão, talvez!... Sabe-se la!... Daria para escrever uma carta quase cómica ao Santuário "gostaria de saber se o padre consagrante da hóstia para a procissão eucarística acredita na transubstanciação "!... (Até a consagração, tal como sempre foi feita, já deveria chamar-se "extraordinária").

Bem... eu interrompo aqui o programa porque cansa levar tanto "não".

O programa do Santuário feito em tempos extraordinários é ordinário. A ordinarice toma o lugar das coisas extraordinárias de sempre. Contento-me em saber que os católicos antigos eram os extraordinários.

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