REQUIÁRIO DE BRAGA
O PRIMEIRO REI CATÓLICO DO ORBE LATINO
Pelo Dr. Sérgio da Silva Pinto
(continuação da II parte)
3. Príncipe Católico
Balcónio, Bispo de Braga, Metropolita da Galécia,encontra-se no centro da Nação sueva. Já escrevemos que, apesar de todas as desgraças, continuara "heroicamente no seu posto. Herói no meio dos estragos dos pagãos e da anarquia dos hereges" (26). E demonstrámos que a sua ortodoxia era não só segura, mas conhecida e apreciada (27).
Por isso, junto dos Suevos, em particular entre os magnates e a família real, gradualmente subiria a sua influência. Que assim foi prova-o a "intervenção episcopal", de que fala Idácio, para a paz de 233, entre os Suevos de Braga e os Galaicos das civitates e castelos de leste, onde campeavam os partidários anti-suévicos e pró-romanos.
A Igreja bracarense, que defendia a pureza da fé contra os dissidentes, Priscilianistas e Originistas, cujos focos principais se achavam a norte e a sul - nos Conventos de Lugo e Astorga e nas dioceses da Lusitânia -, começa a inclinar-se para os Suevos. Não sendo cristãos, não eram heréticos. Podiam converter-se mais facilmente e tornarem-se elementos restauradores da cultura romana e da sociedade provincial em decadência. Povo relativamente são, ainda não contagiado pela corrupção e pelos sistemas heterodoxos, se devidamente orientado, talvezsalvasse a civilização romana.
Ora é neste ambiente de anceios renovadores, que o própximo futuro confirma; é neste meio nada selvícola, que decorre a infância e a mocidade do Príncipe Requiário.
Que o seu espírito não é o de um moço selvagem, deve inferir-se do próprio facto de se haver convertido ainda na idade juvenil, como se verá. Inferência legítima se, metódica e provisóriamente à Descartes, [infelizmente, acaba aqui o que tenho do texto].
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