27/11/12

O VATICANO IMPÕE O ABANDONO DO CATOLICISMO A LIECHTENSTEIN

 Tradução do artigo de STAT VERITAS (21, Novembro de 2012):

"Outro triste episódio, fruto da falsa concepção moderna (e modernista) da liberdade religiosa. Este conceito de liberdade religiosa nega que o Estado deva ser confessional e católico, pois proclama o direito natural de professar qualquer crença, em nome da dignidade da pessoa humana, direito inviolável que o Estado deve respeitar. O Papa Leão XIII, na Carta Encíclica Libertas, afirma que: "Sendo pois, necessário, ao Estado professar uma religião, há de professar a única verdadeira, a qual sem dificuldade é conhecida, singularmente nos povos católicos, visto que nela aparece como que selados os carateres da verdade" (nº27). Logo o Estado neutro, ateu, ou pluralista está contra desta verdade porque ao colocar em pé de igualdade as falsas religiões coma verdadeira, a que acaba por se destruída e relativizada, é a verdadeira religião.

Este erro emana do documento conciliar Dignitatis Humanae, o qual, contradiz o Magistério e a Tradição Católica.

O Vaticano Impõe a Liechtenstein o Abandono da Religião Católica

 Vaduz/ Bruxelas/ Madrid, 15 de Novembro de 2012, festividade de Sto. Alberto magno, bispo, confessor e doutor. Se no início do passado mês de julho a FARO recolhia a boa notícia da derrota em referendo, em Liechtenstein, da proposta para abolir o direito ao veto por parte do seu Principie Soberano (cujo sucessor, S.A.S. Alois Von und Zu Liechtenstein, tinha anunciado que vetaria a legalização do aborto e outras leis contra-natura ainda que fossem aprovadas em referendo) hoje temos que voltar ao dito Príncipe por causa de uma muito má notícia.

O InfoCatho.be anuncia que "O Principado de Liechtenstein e a Santa Sé concluíram as negociações com vista a uma nova concordata sobre as relações da igreja-Estado. O governo de Liechtenstein comunicou que a assinatura do acordo deveria ter lugar no início de Dezembro.
O parlamento do Principado debate este acordo durante uma sessão extraordinária convocada a 15 de novembro de 2012. O ponto principal deste novo tratado é que já não se define a religião católica como Igreja nacional [sic]. Esta modificação constitucional abre o caminho à igualdade das religiões. Também significa que a Igreja Católica abandonaria os privilégios ligados à sua condição de Religião do Estado.
A nova regulamentação deve debruçar-se principalmente sobre o problema do ensino da religião nas escolas, assim como o financiamento das comunidades reconhecidas. O governo do Principado propõe a introdução de um imposto eclesiástico para as religiões reconhecidas"
.

O pequeno Principado de Liechtenstein gozava parcialmente de unidade religiosa até à poucos anos, quando a imigração introduziu alguns elementos estranhos, ainda que muito minoritários. Maior é a presença da irreligião, como ocorreu em todas as sociedades católicas com base no Concílio Vaticano II. O mesmo que introduziu, especialmente pela sua declaração Dignitatis humanae, a falsa doutrina da liberdade de cultos ("liberdade religiosa"), em nome da qual o Vaticano tomou a iniciativa de obrigar os estados católicos a implementá-la, e a renunciar depois a própria confidencialidade católica ou fazer requisito ao chefe de Estado que professa-se a Fé verdadeira (o caso de Espanha, Colômbia, o cantão suíço de Valais, as repúblicas italiana e argentina, etc.).

Depois desta nova mostra de descatolização gratuita, e de mudanças legislativas em favor das seita, exigidos novamente pelo próprio Vaticano, fica por ver se aqueles que continuam defendendo a obediência cega à actual hierarquia tiram as conclusões apropriadas. Especialmente aqueles que, por outro lado, dizem continuar a apoiar a Realeza Social de Nosso Senhor.

“La separación del poder político respecto del orden moral y religioso no puede ser aceptada por un espíritu cristiano, ni aun creyente de otra fe, más que como apostasía o como pecado. El régimen estatal o de convivencia neutra nació a la realidad con la escisión religiosa del siglo XVI, pero no se erigió en teoría hasta el racionalismo y el estatismo, que son plantas de suelo arreligioso y agnóstico [...] antes de llegar a tal situación y de admitirla, el cristiano ha de luchar hasta el final por conservar comunitariamente esa unidad religiosa, considerada siempre como el bien más precioso que ha recibido de sus antepasados y el patrimonio que debe transmitir a sus hijos”. (Rafael GambraLa unidad religiosa y el derrotismo católico).

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