Neste momento é fundamental que os católicos tenham claros certos pontos do Catolicismo:
- DOUTRINA: tudo o que entre os católicos não esteja em conformidade com a Doutrina, a moral e os bons-costumes (católicos), não é realmente católico (não é da Igreja Católica, nomeadamente os pecados privados de cada um que são eles mesmos condenados por Ela e contra as Virtudes que ela ensina como remédio).
- HIERARQUIA CATÓLICA: Se algum membro da católica hierarquia, afirmar algo que diminua ou contrarie a Doutrina da Igreja, ou a moral, ou os bons-costumes, independentemente da intenção que tal membro tenha, com isso não faz vincular realmente tais acções ou afirmações como coisa da Igreja. Tais afirmações ou acções, ou até mando, só sairiam da responsabilidade meramente individual.
- JUSTIÇA: Se em algum ponto de algum Direito Canónico não estiver totalmente conformado à Doutrina, moral, e bons-costumes católicos, tal ponto, na realidade, teria valor nulo na Santa Igreja. Pois o Direito Canónico surge da necessidade de ordenar e possibilitar no campo da justiça os ensinamentos Divinos que são eles mesmos a Vontade revelada por Deus.
- PASTORAL: A pastoral legítima é uma humilde serva da Doutrina (não pode ser de outro modo), e nasce do esforço prático de encaminhar as almas aos mesmos Divinos ensinamentos para a santificação e a salvação da alma. O PASTOR guia as ovelhas (daqui vem o nome de "pastoral"). Se, em algum ponto uma Pastoral diminuir, obscurecer, contrariar a Doutrina ou a Moral e os bons-costumes católicos é uma má pastoral que pouco ou nada pode ser chamada de Católica.
- RITO ROMANO: Por Tradição este é o coração do Rito Católico, referência pela qual se examinaram todos os restantes Ritos católicos. Ele provêm da Tradição unicamente, a do Apóstolo S. Pedro, e todo o seu desenvolvimento tem como única finalidade a força de afirmar o edifício que é o próprio Rito e o que ele contêm.
- MISSAL ROMANO: O Missal Romano (não confundir com Rito Romano), é a codificação do Rito Romano (da Missa). Para segurança da Fé, teve de ser codificado infalivelmente (assim o declara o Concílio Ecuménico de Trento) por autoridade de S. Pio V. Está protegido por Bula sobe pena de excomunhão (visto que a Missa é assunto muito especialmente inseparável da Fé, - Doutrina -). Por identificação, hoje é conhecido como Missal de S. Pio V, ou seja, o único Missal Romano propriamente dito. É importante saber que ele não resultou de uma construção de gabinete, pois é uma codificação (uma fotografia) ritual legada pela Tradição. Já o Missal de Paulo VI é uma composição baseada ora no Rito Romano ora no rito luterano de forma a eliminar os elementos que no Rito Romano choquem a doutrina protestante, (o Cardeal Ratzinger dele disse que é um "missal fabricado" - o responsável pela elaboração de tal missal foi Monsenhor Annibale Bugnini que explicou ser esta uma tentativa de aproximação ao protestantismo). Ao contrário do que se espalhou, o missal de Paulo VI é um projecto que não vêm do Concílio Vaticano II, mas foi rejeitado pelo próprio Concílio.
- MISSAL DE PAULO VI: Doutrinalmente, todos aqueles elementos que ao longo de séculos afirmaram a Fé e eram contrários à heresia protestante, foram retirados ou diluídos nesta composição e, em alguns casos, foram até introduzidos elementos que reforçam as heresias protestantes contrárias à Doutrina contida na Santa Missa. A igreja luterana emitiu um comunicado que dizia que essa composição era compactível com o Luteranismo.
- CONCÍLIO VATICANO II: É um caso ambíguo por três motivos fundamentais: 1) Há teses não refutadas, e ignoradas, que apontam no sentido de uma quebra de legitimidade no decurso do mesmo Concílio. 2) Caso o Concílio tivesse sido realmente legítimo até à sua conclusão, há ainda a questão de não ter havido outro na Igreja que tivesse reunido com todo o vigor apenas para se pronunciar a nível pastoral (não confundir os títulos, como o de "Constituição Dogmática", com pronunciamento dogmático). Paulo VI e o Cardeal Ratzinger tinham-se pronunciado a respeito disto explicando que afinal tal Concílio se quis apenas pronunciar num nível mais modesto (pastoral). 3) Há ainda quem julgue que o Concílio se pronunciou infalivelmente e, por isso, o tome com valor de lei, de tal forma que a Doutrina de sempre deveria submeter-se-lhe. Toda a Doutrina, portanto, teria de ser interpretada à luz do Concílio Vaticano II. Nesta linha, há ainda (cada vez menos) quem ache que não só a Doutrina de sempre teria de ser interpretada à luz deste Concílio como ele mesmo teria de ser interpretado à luz de um "espírito do Concílio". O Novo Catecismo, por sua vez, em vez de corrigir estes problemas, acentua-os e parte do próprio problemático Concílio na tentativa de reformular uma parte significativa da Doutrina de sempre magistralmente codificada no Catecismo de Trento (ele sim obrigatório e não dispensável - há várias adaptações fundadas no Catecismo, uma das mais famosas é o Catecismo de S. Pio X pela formulação didáctica).
- PAPA: O Papa pode gozar de infalibilidade em certas ocasiões e dentro de certas condições rigorosamente estabelecidas infalivelmente (Dogma da Infalibilidade Papal) no Concílio Vaticano I. O Papa está obrigado a guardar a Doutrina de sempre e a não aceitar novidades doutrinais (explico: a desviar, diminuir, obscurecer, inventar, introduzir etc...). A Santa Igreja, pela boca autorizada de Doutores da Igreja, e santos (e aprovando-lhes as seguintes conclusões), tem como certo que: se um Papa ou Bispo ensinar ou mandar fazer algo contrário à Doutrina (e a moral e bons-costumes) católicos) - independentemente da intenção pessoal - devem ser desobedecidos nesse ensinamento ou mando pontual porque o católico está obrigado à obediência absoluta a Deus que expressa a sua Vontade na Doutrina (etc..). O novo argumento que tem corrido hoje é de que o Espírito Santo não abandonaria a sua Igreja permitindo a confusão na hierarquia... contudo, como já se deve ter entendido neste parágrafo, a Vontade de Deus expressa-se inequivocamente na Santa Doutrina de sempre a qual todos os católicos estão obrigados (sejam eles da hierarquia ou não). Esta condição é, portanto, regra obrigatória e referência máxima pela qual os grandes santos foram pautados e por isso canonizados. Esta condição é a mesma que tem de estar satisfeita para num acto (pronunciamento) que se queira fazer como Infalível (por exemplo, na infalibilidade Papal).
- HERESIA: Esta existe unicamente quando há uma afirmação que não esteja em acordo com a Santa Doutrina (que é imutável e infalível). Contudo, tal heresia pode não estar formalizada como tal: seria o exemplo de além ter feito a afirmação de que Deus não é trino sem que as autoridades da Igreja o saiba ou sem que elas se tenham pronunciado a respeito do indivíduo. A heresia passa a ser formal quando o indivíduo, depois de ter afirmado a heresia, a continua a sustentar depois de ter sido confrontado com as explicações da Doutrina por parte de um representante da Autoridade da Igreja. Ninguém, portanto, é dado como herege formalmente (e fica assim claramente rompido o vínculo com a Santa Igreja), por mera ignorância e sem vontade. Hoje a heresia nunca esteve tão propagada, e até estabelecida e todas as suas formas, sem que a Autoridade a afronte (por isso não tem havido "heresia formal" nem oficialmente hereges - na minha opinião é a prova mais frontal de uma Apostasia Geral, curiosamente "silenciosa").
- IGREJA: Deus, pessoalmente, na Pessoa do Filho (Jesus Cristo), fundou uma comunidade (Ecclesia - que traduzimos à nossa língua por Igreja e que significa Comunidade). A Igreja é constituída de: Igreja Militante (aquela que militamos aqui na Terra), Igreja Purgante ou Padecente (purgatório, onde as almas com custo de dor se vão libertando e purificando para alcançarem o Céu), Igreja Triunfante (o que costumamos chamar Céu). Por excelência esta é a Comunidade (letra maiúscula), portanto Igreja, e APENAS depois d'Ela foram inventadas outras igrejas (comunidades) que, ao longo de séculos e milénios, tentam de várias formas reclamar-se como sendo aquela que Deus fundou (ou, segundo algumas, que Deus teria hoje fundado...enfim). Uma das verdades doutrinais transmitidas pela Santa Igreja é de que fora d'Ela não há salvação possível (contando com os casos extraordinários do "baptismo de sangue" e "baptismo de desejo"). A Igreja é imaculada (não tem mancha), santa (dela não provêm qualquer pecado), inerrante (não tem erro)... contudo muitos católicos hoje, por não terem sido já doutrinados na Doutrina de sempre, não sabendo sequer o que é a Igreja (confundem-na) ficam chocados com uma Doutrina que sempre os seus antepassados conheciam, tinham como certa, e transmitiam. É famoso o caso de um degenerado teólogo pós-conciliar, hoje muito repetido, que disse que a Igreja seria santa MAS também pecadora - o que é uma corrupção do significado de "ser santa" que sempre foi transmitido e abunda em grandes escritos sumamente aprovados ao longo de dois milénios - e por isto quando certos católicos rezam o Credo, chegados à parte do "Creio na Igreja, una, santa...", é como se estivesse a rezar com uma OUTRA crença (porque dão outro significado), ao mesmo tempo que as palavras se mantêm as mesmas (uma das características do modernismo).
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