31/03/12

DA BENÇÃO E PROCISSÃO DOS RAMOS (III)

DA BÊNÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, E PROCISSÃO DOS RAMOS NO SEXTO DOMINGO DA QUARESMA
(continuação)

Altar lateral, na igreja de S. Francisco - Porto (Portugal)
"O Turiferário com o turíbulo, e o Naviculário com a naveta descerão ao plano ante o meio do Altar, para irem a seu tempo diante da Cruz processional. O Credenciário dará a Palma do Celebrante ao Diácono, e este com ósculos ao Celebrante, e tomará a sua Palma pela mão do mesmo Credenciário. O Subdiácono tomará a Cruz processional, e como ela no meio dos candelabros irá situar-se junto aos cancelos no princípio do Coro com o Turiferário, e o Naviculário. Então o Diácono posto detrás do Celebrante, e reverenciando a Cruz, se voltará para o povo sobre o seu lado direito, e cantará Procedamus in pace, como adiante se diz, e se voltará para o Altar, sem fazer reverência. Respondido pelo Coro In nomine Christi, Amen, então, e não antes, se voltará o Celebrante sobre o seu lado direito para o mesmo povo, e o Diácono sobre o seu lado esquerdo; e descendo ao inferior degrau, o Credenciário dará o barrete ao Diácono, e este ao Celebrante, e aquele tomará o seu, que lhe dará o Credenciário.

O Mestre de Cerimónias ordenará a Procissão, indo diante o Turiferário, e Naviculário, (que lançará incenso no Turíbulo, quando for necessário) seguir-se-há o Subdiácono, levando a Cruz entre os candelabros com as velas acesas, e nenhum dos sobreditos levará Ramos nas mãos, deixando-os ficar na Credência. Irão depois alguns do Coro de dois em dois, em distância de quatro passos, logo os Cantores do Gloria laus, e dois ordinários, incorporados com os [restantes] do Coro, depois o restante dos Eclesiásticos, todos com os Ramos da parte de fora inclinados ao ombro, e os livros da parte de dentro; ultimamente o Celebrante coberto de barrete com o Diácono, e este à sua mão esquerda, sem lhe elevar a extremidade do Pluvial, ambos com os Ramos nas mãos direitas reclinados ao ombro, e as mãos esquerdas encostadas ao peito. Depois do Celebrante irão os Nobres, e o mais povo dom os Ramos, se houver Irmandades, irão por sua ordem, antes do Clero, com os Ramos nas mãos.

Todos os do Coro ao sair dele, de dois em dois, reverenciarão o Altar, o Celebrante, e uns aos outros, e irão saindo com boa ordem, cobrindo as cabeças, se usarem de barretes, o que se entende só dos Graduados, como usam dos Cónegos; pois os que o não forem não se devem cobrir na Igreja,nem ainda o Diácono, senão só o Celebrante.

Os Cantores ordinários, logo que principiar a Procissão, entoarão a primeira antífona Cum appropinuares, que prosseguirão os que forem caminhando, e as mais antífonas, se for necessário. Em quanto dura a Procissão até entrar na Igreja, se dobrará o sino, e depois se tocará à Missa.

Chegada a Procissão à porta da Igreja, irão os Cantores destinados para dentro dela, cuja porta fecharam, ficando ali juntos da parte de fora, o Turiferário, e Naviculário, voltados um para o outro; o Subdiácono com o Crucifixo, ainda que coberto, virado para o Celebrante, e com as costas apara Igreja entre os candelabros, voltados um para o outro, os do Coro em duas alas, ou em giro de rosto para a Cruz, e o Celebrante no seu mesmo lugar, entrando só ele coberto.

Igreja de Jesus, em Coimbra (Portugal)
Os Cantores dentro da Igreja estarão junto à porta de uma, e outra parte, sem darem as costas ao Altar, e descobertos: cantarão os primeiros versos Gloria laus, e acabados eles, o Celebrante com os que estão de fora repetirão os mesmos dois versos, Depois os Cantores de dentro cantarão os versos, que se seguem, repetindo sempre os de fora o verso Gloria laus, até o Hosanna pium, e se dirão todos, ainda que a Rubrica do Missal permita [que] se cante parte deles."

(terá continuação)


Sem comentários:

TEXTOS ANTERIORES