18/02/12

A "COLUNA NEGRA" (II)

As gentes e nações afastadas do Divino Reformador, começaram a seguir os reformadores improvisados, que brotavam como fungos em todas as classes sociais, particularmente das menos distinguidas e cultivadas, outros tantos "Cristos" demasiado humanos, nivelados na vulgaridade que ousaram confundir-se com o único Cristo, verdadeiro Deus e homem verdadeiro...

Quer dizer que o Livre Exame é o princípio do comunismo... porque é o princípio da crítica de toda a autoridade divina e humana; da revolução permanente contra toda distinção e hierarquia.

Em vão pretenderá Descartes travar os seus discípulos da dúvida metódica - formula técnica do Livre Exame - prevenindo-lhe que não "apoiaria de modo algum esses espíritos turbulentos e inquietos que não sendo chamados nem por nascimento nem por fortuna ao melhor dos negócios públicos, não deixam nunca de maquinar alguma nova reforma; e se eu imaginasse que neste texto há algo que me fizesse suspeito desta loucura, lamentaria muito que viesse a ser publicado. Jamais omeu desígnio foi mais além da reforma dos meus próprios pensamentos" (Discurso do Método , II parte).

Acontece que Lutero é precursor tanto de Tomás de Munzer, ideólogo do Comunismo anabatista, como de Renato Descartes, pai de todas as formas do idealismo moderno, incluso do materialismo mecanicista de Rousseau e do materialismo histórico de Marx...

O grande humanista espanhol, Juan Luis Vives, Juan Luis Vives, testemunho e comentador da Revolução Comunista anabatista da Baixa Alemanha, deixou-nos um esquema do preceso dialéctico que desde o Livre Exame aplicado à Verdade da Fé, leva à comunidade dos bens materiais; um esquema objectivamente válido para todos os ensaios históricos, incluso para explicar a revolução comunista mundial dos nossos dias:

"Noutros tempos, na Alemanha, as coisas da piedade estavam de tal forma constituídas que se mantinham firmes e estáveis...

(tem continuação...)

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