28/12/11

ANTIGUIDADE DA IGREJA PACENSE II

Não é nosso intento aprofundar a questão nem dirimi-la. Não se nega a possibilidade de haver dois prelados com nomes iguais: um em Paz Augusta, outro em Augusta Suévia.

A história da Igreja pacense pode dividir-se em quatro períodos, marcados por alguns factos importantes que muita influência tiveram na vida desta igreja.

O 1º período chama-se a idade visigótica e vai desde as origens até ao ano 754 já em plena cominação árabe. Parece ter sido a época da maior pujança e vitalidade da velha igreja da Pax Júlia.

O 2º período pode chamar-se da extinção. Começa em 754 e prolonga-se pelo espaço de mil e dezasseis anos, até 1770. É o tempo das guerras da reconquista, do repovoamento de Portugal, das calamitosas destruições a que foi sujeita a “rainha” da planície que até perdeu sua nobre categoria de cidade, para só a reaver em 1517, com D. Manuel I. Neste prolongado eclipse, Beja deixa de ter bispo próprio e a diocese é praticamente extinta.

O 3º período é o da nova erecção. Estende-se de 1770 a 1920. Durante este tempo, muitas e diversas vicissitudes político-sociais vieram afectar terrivelmente a vida religiosa desta diocese, cujo martírio de séculos se continuava sem grande lenitivo. O país sofre as duas perseguições pombalina, maçónico-liberal e republicana.

O 4º período pode ser classificado o da reconstrução e principia em 1920 com a nomeação do Senhor D. José do Patrocínio. A diocese consegue opor-se ao seu declínio, reorganizar a sua vida e disciplina eclesiástica. Erigir-se a Catedral e criar-se o Cabido, que nunca havia tido, e funda-se um novo Seminário, pois o antigo tinha sido violentamente encerrado em 1910. [pela República]

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