14/11/11

CURIOSIDADES - OS CATÓLICOS E A NOVA MISSA

O que disseram os católicos nas últimas décadas, a respeito da Nova Missa? Há livros publicados sobre o assunto, da autoria de católicos preocupados, cultos, com profunda formação católica.

Discretamente, alguns sacerdotes continuaram a ser acolhidos por famílias com maiores responsabilidades sociais e católicas, e também assim a Missa Católica (a de sempre) foi mantida em oratórios e capelas particulares. Outros sacerdotes, como conheci eu dois em Portugal, ambos já falecidos, estavam condicionados pelos seus próprios Bispos, suficientemente ocultados aos olhos dos fiéis (ambos homens íntegros, sacrificados, muito instruídos). Estes sacerdotes-cativos, e semi-cativos, viviam assim condicionados para que os seus Bispos pudessem implementar as novas ideias, sem que os fieis notassem as diferenças, ou, pelo menos para não haver problemas com a autoridade Romana. Estes dois sacerdotes pertenciam, respectivamente, à arquidiocese de Évora, e à diocese da Guarda. Em Portugal houve vários sacerdotes que estavam assim "retirados" dos olhos dos fiéis para os Bispos esconderem o confronto com o "sempre" de que eles mesmos se foram afastando lentamente.

Há pouco mais de 5 anos, os católicos que já não conheceram a Missa Católica (a de sempre) julgavam aqueles que continuavam a frequentar a Missa tradicional e a guardar a Fé e Pensamento Católico (tal como eles sempre foram ensinados e guardados), tratando-os como velhos ignorantes agarrados a costumes superficiais. Alguns Bispos  referiram-se aos tradicionais católicos de sempre como sentimentais apegados ao passado. Tal ofensa nada tem de verdade e (ou melhor, tinha, porque apareceu um novo conceito de "tradicionalista católico" depois de 2007). Se quiséssemos ter a mesma falta de profundidade da análise, diremos que tais Bispos são superficiais, sentimentais, apegados a sonhos pouco católicos que lhes prometem tudo num futuro terreno. É incrível, estes Bispos veicularam assim a confusão, o estigma, levando os fiéis ao preconceitos errados sobre os seus irmãos católicos tradicionais (refiro-me ao conceito anterior à criação dos grupos "Ecclesia Dei"), e claro, sem saber, contra os inumeráveis milhões de católicos antigos, principalmente aquele que pertencem já à Igreja Triunfante, e foram muitos deles canonizados pela Santa Igreja.

Literalmente, aqueles que sempre mantiveram o que a Igreja ensinou, e receberam Dela, são hoje acusados de terem uma doutrina própria. Inacreditável... Isto acontece, este tipo de acusação vem mesmo por boca de algumas altas autoridade eclesiásticas. Como é possível!?... Como chegámos a esta situação... invertida situação, que para tirar a "pedra do sapato" se tenta criar uma "reserva" confortável em troca de "minimizações"!?

"Promulgação" da nova Missa a 3 de abril de 1969
pelo Papa Paulo VI
Depois do Concílio Vaticano II, sobretudo depois da fabricação do Missal de Paulo VI, houveram perseguições a padres e fiéis católicos por não abandonarem a Fé, ou parte dela, ou a interpretação tradicional dela. Como tornar isto compactível com uma suposta concordância de tal concílio com a Doutrina Católica? Se o Concílio Vaticano II foi entendido como ruptura com parte da Doutrina Católica de sempre (um "novo pentecostes da igreja"), fez sentido a perseguição de Bispos aos tradicionais católicos que não quiseram abandonar a "doutrina agora superada". Se os textos do Concílio Vaticano II foram entendidos como dimanados da mesma Doutrina Católica de sempre, e sem rupturas nem afastamentos, não faz sentido a diminuição (minimização, desgaste, desqualificação) de partes da doutrina, e desvalorização de tantos documento do Magistério Papal ordinário e, por outro lado, não faz sentido perseguir e estigmatizar os católicos que deram maior sinal de recusar abandonar, ou minimizar, a mesma Doutrina de sempre!

As atitudes episcopais tiveram impacto nos fiéis... muito!

Oito anos após a "promulgação" da nova Missa (Missal de Paulo VI) queixava-se um fiel católico:

"(...) levantarão a voz de protesto e pedirão que "censuras eclesiásticas" castiguem uma vez mais "a contumácia" do autor, do tradutor [deste livro] (...)". O que pensava este católico estava certamente bem fundada visto que tinha conhecimento do que poucos tinham, então diz: "


IMPORTANTE: Escrevi este artigo há algumas semanas, perdi-lhe as anotações e por isso fica incompleto, mas mesmo assim penso valer a pena publicá-lo. Lembro que o resto do artigo deveria mostrar como os fiéis se escandalizaram com a Nova Missa e como foram lentamente metidos numa onda que hoje se transformou num escuro oceano. Obrigado pela compreensão.

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