26/10/11

OS BONS COSTUMES - CONTRIBUTO PARA O SEU ESTUDO (III)

(continuação da II parte)

"Tratado das Significações das Plantas, Flores, e Frutos que se referem na Sagrada Escritura"
de Frei Isidoro de Barreira
1622

"Em outro lugar diz que não somente aproveita a república [não confundir com a posterior "república"] os que têm nela ofícios públicos do bom governo e administração dela, mas o que ensinam bons costumes aos mancebos e lhes dão bons preceitos: os que declaram que coisa seja justiça, piedade, sabedoria, fortaleza, desprezo das coisas, e sobretudo (...)" (pág. 79)

"Teme rico que os merecimento de teus antepassados não achem confusão em ti, e tu os afrontes com tuas dissoluções e a eles se diga porque geraram tal filho, ignomínia de sua geração. E porque elegeram tal herdeiro que lhes herdou a fazenda e não os bons costumes." (pág. 345)

Vamos ver como um ajo ensinou também em bons costumes, e o que já dizia Plutarco:

"Obra do Anjo da Guarda"
(Segunda Parte)
pelo Pe. António de Vasconcellos
(Teólogo da Companhia de Jesus, natural de Lisboa)
LISBOA, 1622

"Por isso dizia Plutarco, tratando da criação dos moços, que assim como os lutadores e pomareiros põem arrimos e paus à plantas, para se sustentarem, defenderem e segurarem os frutos, assim os mestres aprovados hão de sustentar e fortificar os mancebos que ensinam com preceitos escolhidos e lembranças a propósito do que hão mister, para saírem com bons e aprovados costumes." (pág. 161/162)

"Entrando ambas numa igreja, em cujas paredes estava um Anjo pintado, respondeu Joana "Aquele Anjo que ali está me serviu de mãe e de ama que de criança me ensinou todos os mistérios da nossa santa Fé, e me instruiu em todos os bons costumes." (pág. 180)


"Década Sétima da Ásia - Dos feitos que os Portugueses Fizeram no Descobrimento dos mares e Conquistas das terras Orientais (...)"
de Diogo de Couto
(Cronista e Guarda-Mor da Torre do Tombo do Estado da Índia)
LISBOA, 1616

"Vendo o Imperador aquela liberdade, mandou que lhas levassem logo todas, o que os seu fizeram, e apertou com elas muito que se tornassem ao antigo costume dos Abeixins e que deixassem as cerimónias que o Bispo lhe ensinava, Ao que uma (que era casada com Álvaro da Costa) respondeu que ele era senhor do seu corpo, mas não de sua alma, que ela, e todas aquelas suas companheiras estavam muito contentes de terem deixado os ruins costumes dos Abeixins e de viverem conforme aos santos e bons da Igreja Católica Romana." (pág. 159)

"(...) porque já o ano atrás passado deixara de se embarcar por falta de tempo, e assim, a dois inquisidores Apostólicos, que tinha ordenado irem à Índia (porque por cartas que tivera dessas partes fora avisado que havia nelas muitos Cristãos novos que judaizavam e tinham sinagogas separadas de quem lhe mandaram o ano atrás passado alguns principais, com os outros de suas culpas, por não haver quem nele os sentenciasse, e com isso havia outras muitas coisas contra a honra de Deus e bons costumes Cristãos a que era necessário acudir com diligência, para que não fossem por diante (...)" (pág. 180)

(continuação, IV parte)

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