Manuela Moura Guedes, tão conhecida em Portugal, escreve sobre a recente situação:
"Imagine que vai para fora e dá dinheiro a alguém para tomar conta da sua casa e fazer a gestão da sua vida. Imagine que, ao regressar, descobre que o dinheiro se foi, está endividado até ao pescoço e a casa está a cair aos bocados. Imagine que tem de estender a mão a um vizinho para escapar a viver sem abrigo. Volta a pôr a casa e a vida nas mãos de quem o desgraçou? Claro que não, só se for completamente idiota! Mas, é isso que, segundo a última sondagem, são 36% dos portugueses. Idiotas! Querem dar o país de novo a quem o arruinou. Já não há sequer dinheiro para pagar os salários dos militares a tempo e horas, nem para tratamentos e remédios básicos, nos hospitais. Não há dinheiro! Foi gasto e mal gerido por gente que tem nome. Noutra situação da vida comum, seriam julgados e penalizados. Como se trata do governo, a única sanção é não serem reeleitos. Mas, mesmo isto, 36% de idiotas acha que eles não merecem. Não tenho respeito pela comunicação social que continua a levar a sério toda a propaganda deste governo sem qualquer tipo de sentido crítico. Há muito que e co-responsável por todo este desastre. Mas, convenhamos, um Povo que elege quem o leva à ruína merece ser (…) (o FMI tem razão)!”
Há certamente quem se identifique aqui com Manuela Moura Guedes, fora os 36% de tolos. Mas, pensando bem, a comparação está muito mal feita, pois a Res Pública é um assaltante e quem passou de bom grado as chaves de casa ao assaltante não se pode gabar de não ser tolo. Dirão os que não estão nos 36% que nunca tinham pensado em tal possibilidade, ou que a coisa não é bem assim, e defendam assim a Res Pública... Mas é isso mesmo que fazem os 36% ...!
Este fim-de-semana, à porta de um hipermercado e centro-comercial estavam um simpáticos da CDU a distribuir papeis. Ao aproximar-me fiz cara de desinteressado para poupar que esticassem o braço para agarrar dito papelinho. Mas, pelos visto não adiantou e tive que responder: "Obrigado mas não sou republicano, sou português"! Não olhei para trás a ver se o "assaltante passivo" tinha entendido...
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