O assunto merece melhor preparação, pelo que hoje apenas fica um pequeno apontamento que não seja "trabalho", mas não se diga que nada este grande dia foi dito.
Transcrevo do livro "Florián Pauck S. J. Y Sus Cartas al Visitador Contucci (1762 - 1764)", publicado pela Casa Pardo (Buenos Aires, 1972):
"Alguns dias depois de Paucke chegar a Lisboa, chegou o barco sueco no qual ele tinha viajado até Málaga, mas preso por um corsário inglês, o que não impediu que os missionários pudessem receber os seus baús e outros objectos, que tinham nele deixado. A mesma Rainha interessou-se em facilitar aos jesuítas esta devolução, por parte dos piratas ingleses.
Duas coisas lhe chamaram grandemente a atenção: a procissão do Corpus [do Corpo de Deus], e o aqueduto que, desde uma fonte, distante cinco léguas da cidade, conduzia a esta, por entre as rochas mais altas e vales mais baixos, a água potável que bebia a povoação. Com outro jesuíta alemão recorreu um dia as cinco léguas, e chegamos à fonte, descemos por uma escada e contemplámos os olhos de água que com toda a força brotava de uma rocha."
A procissão do Corpo de Deus em Lisboa era conhecida pela mais brilhante de toda a Europa... Outro dia escreverei mais sobre o assunto.
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