SEMPER IDEM
A urgência é grande. Seriam necessários colaboradores para fazermos chegar a poucos o que deste blogue se tem feito chegar a quase nenhuns. O tempo é cada vez menos, os problemas na Igreja são cada vez mais drásticos. Na configurada situação limito-me a copiar-vos o pouco que tenho à mão e que seja de importância. Adquiri em 2010 o “Semprer Idem”, livro de grande profundidade, cujos autores são:
Pe. Raymond Dulac
Mons. Luigi Carli
Card. Gouyon
PROÉMIO
A amigável insistência do Padre J. Lefèvre [não confundir com D. Marcel Lefebvre] decidiu confiar às Edicions Du Cèdre a publicação, num volume, dos nove artigos aparecidos, desde 1961 a 1965, na Pensée Cathilique, na ocasião seguinte:
O anúncio, em Fevereiro de 1959, acerca da convocatória de um concílio ecuménico voltou a dar actualidade a um velho filão de erros que não tinham cessado de serpentear, desde o século XVI, para culminar no Pseudo Sínodo de Pistoia (1788) e nos juristas inspiradores da Conctituição Civil do Clero (1790). Os velhos demónios do galicanismo e do febronianismo, exorcizados desde o Concílio Vaticano I, pensaram então fazer carreira no Concílio Vaticano II.
Já que o Papa João XXIII decidiu dar “continuação” ao primeiro destes concílios, tinha chegado a hora, dizia-se, de restituir a autoridade episcopal, “eclipsada” prlas definições de 1870.
A intenção, no fundo, parecia irrepreensível, mas ia brindar uma ocasião excepcional a uma Fronda de Príncipes, que preparava-se para derrubar a Constituição Divina da Igreja. Como costuma acontecer na história das ideias, uma palavra ambígua e tranquilizadora tentava implantar uma verdadeira heresia: a COLEGIALIDADE. O equívoco penetrou dentro da mesma assembleia conciliar e insinuou-se em textos votados a meias.
Em Roma e noutros lugares, cardeais, bispos e teólogos denunciaram o perigo e refutaram o erro. Tivemos a sorte de cooperar nessa obra. E, nela, fomos estimulados por veneráveis amigos. Para nós constitui um dever publicar, aqui, os nomes daqueles que entraram na enternidade: o Cardeal Staffa, Mons. Ugo Lattanzi, Renato Pozzi e nosso condiscípulo do Seminário francês, DIMIDIUM ANIMAE NOSTRAE, Victos Berto.
A coragem e a generosidade de outro nosso condiscípulo, Lucas Lefévre, permitiram a publicação dos nossos artigos na La Pensée Catholique. Inmediatamente imprimiram-ºse separatas que foram enviadas a centenas de Padres conciliares. Essas folhas fizeram o seu efeito. Actualmente não há razão para calar que um desses artigos foi entregue espontaneamente, em mão própria, pelo Cardeal Ottaviani ao Papa Paulo VI que, à raiz disto, emocionou-se muito. (O artigo que relatava as declarações dos Constituinte de 1790, sobretudo a de Mirabeau.) Cap. V, p. 140.
Esses escritos apenas eram um OPUS TUMULTUARIUM, assim como construíram precipitadamente os legionários de Júlio César. Se, apesar da imperfeição bem evidente de semelhantes obras, apenas a simplicidade dos argumentos pude contribuir para a publicação da NOTA EXPLICATIVA, isso nos serivirá de consolo perante as cifras. De qualquer modo não poderão cencurar-nos de ter falado demasiado tarde: nossas críticas sobre a colegialidade foram publicadas com anterioridade à discução conciliar e, algumas, ainda antes da abertura do Concílio.
Eis aqui a lista dos nove artigos em questão, com a referência pertinente à La Pensée Catholique:
1.- “De uma direcção colegial da igreja a um Primado das Gálias”, Nº 73: Junho de 1961.
2.- “Descentralização internacional e concertações nacionais na Igreja?”, Nros., 78-79: Fevereiro de 1962.
3.- “O Poder Pontifício, os Concílios e as Assembleias Episcopais não conciliares”, Nº 87: Outubro de 1963.
4.- “Como a teoria da colegialidade episcopal conduziu, em 1790, a uma igreja cismática”, Nº 89: Abril de 1964.
5.- “Variações sobre o tema do legalismo” Nº 90: maio de 1964.
6.- “Notas para uma história teológica do Poder Pontifício”, Nº 91: Julho de 1964.
7,8, e 9.- “A doutrina conciliar da colegialidade episcopal”, três artigos publicados em 1965: Nros. 93-94,96,97.
O volume que hoje aparece sozinho reproduz os artigos 7,8,9 e 4da lista supracitada. Neles fizemos vários acrescentos, NO TEXTO MESMO: os capítulos VIII, IX, XV, XVI e XVII (estes três últimos capítulos extraídos do artigo que figura com o número 3 na lista precedente). Assim agregámos três APENDICES.
Se Deus quiser aparecerá, logo, um volume que conterá os Nros. 1,2,3,5 e 6.
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