"ROMA - ROMA ETERNA" (VI)

 "ROMA"

(Ano XI- nº 49. Junho 1977)

Até Quando Tolerar isto?

Madrid (CIO). O epígrafe duma fotografia dizia: "O punho do padre Llanos" (assim, realmente, saudando de punho no alto, aparecia este bendito Padre na dita foto), o diário de Madrid, "El País" (28-5-77), oferecia à curiosidade de todos, a notícia de que "o motim comunista de ontem  (27-5-77), em Vallecas, contou com dois protagonistas de excepção, tão dentro da lógica da história da igreja espanhola como fora do programa: os padres jesuítas Díez Alegria e Llanos. O padre Llanos - na fotografia, saúda punho no ar o seu povo de Pozo".

O texto transcrito nem necessita comentários. Para que se diga que se exagera e que se calunia quando se afirma que, desgraçadamente, o marxismo e o comunismo, o mesmo que a maçonaria, fizeram sua entrada - demasiado ruidosa e escandalosa às vezes em quadros representativos da Igreja. Tal não é novidade.  A história repete-se. Mas o que passa hoje, nesta Igreja pós-conciliar, na ala progressista, apenas tem nome. E claro, como não há sanções... Bem o afirmou o teólogo progressista, que se defende neste bloqueio dos anatemas para lançar a cada passo suas heresias ou erros mais disparatados: "Hoje não se pode deixar a Igreja a quem não quer dela sair. Por isso eu fico, porque dentro dela posso mais contra ela que desde fora".

Diz ainda que no motim de Vallacas, a ovação de gala foi para os padres Llanos e Díez Alegría, no momento em que Santiago Carrillo os convidou a sentarem-se a seu lado, depois da saudação o de punho no ar. Cooperação escandalosa com  todos os agravantes morais, que não se sabe como estes jesuítas justificam para livrarem-se das excomunhões lançadas pela Santa Sé contra os que dão apoio ao comunismo. Ai, Companhia do P. Arrupe!" (Boletim CIO, nº270. General Sanjurjo 57, Madrid, Espanha. junho de 4 de 1977)





As "Orientações" do Vaticano II Estão a Favorecer o Comunismo?!


Assistimos a uma colaboração política cada dia mais acentuada entre os cabecilhas comunistas e alguns chefes espirituais da Igreja.
Devido a esta colaboração acentuada, os comunistas alegram-se por declarar que a igreja do Vaticano II é bem mais do seu agrado.
As declarações mais significativas, nestes últimos tempos, são as de Luis Corvalán. Luis Corvalán é um "revolucionário profissional" estilo Lenin, um "apparatcik", agente do aparato comunista internacional. É também  o secretário geral do partido comunista do Chile.
Passando pela Itália no mês de Março, foi recebido, felicitado e honrado pelo cardeal Colombo , arcebispo de Milão.
Luis Corvalán explicou como depois do Vaticano II, a nova religião já não é, aos olhos dos comunistas, o ópio do povo. Disse:

"Todos sabemos que a partir do Vaticano II foi produzido na Igreja uma mudança muito importante, mudança que certamente foi preparada de ante-mão.""Nós [comunistas]  pensamos que na medida em que a Igreja continua com esta orientação, as afirmações segundo as quais a religião seria o ópio do povo, ou seja, um factor de eliminação humana, carece de valor... Para mim não vejo dificuldades para um acordo no meu país entre a Igreja e os comunistas. Pelo contrário,  creio que a posição da Igreja católica chilena é um factor que facilita a coexistência, hoje ou amanhã, entre marxistas e cristãos, crentes e incrédulos".

Agente qualificado do comunismo internacional, Luis Corvalán sabe o que diz... E diz que a igreja, quando segue as novas orientações do Vaticano II, merece as aprovações e a gratidão do partido comunista." (Itineraries, 4 rue Garancière, Paris, França. Maio 15 de 1977)




Caminhos Errados

"Ninguém pode negar que os dez últimos anos foram decididamente desfavoráveis para a Igreja Católica. Em vez da esperada renovação, têm-nos trazido um processo crescente de decadência, o que começou, em grande parte , sob o sinal de Concílio [bajo el santo y seña del Concílio], que não fez mais que desacreditar o mesmo Concílio. Podemos pois afirmar, com todas as letras, que não haverá renovação da Igreja sem a alteração do rumo e abandonem os caminhos errados que foram tomados depois do Concílio, e que nos levam a esta situação de verdadeira catástrofe." (Cardeal Joseph Ratzinger, Arcebispo de Munique. Boletim CIO, nº270. Madrid, junho 4 de 1977)