05/10/10

REPÚBLICA em PORTUGAL - FILHA DA MENTIRA - O outro 5 de outubro

Em Portugal muitos comemoram o 5 de outubro de 1910 (a imposição da república como regime, em Portugal), dia antecedido por um golpe organizado do grupo  republicano. Dizem que “populares”  juntaram-se. Na verdade tudo não passou de um grupo de republicanos convergentes ideologicamente que, ao longo de muito tempo, tinha na revolução francesa o bom exemplo. Diz-se erradamente que as “tropas monárquicas enfrentaram as forças republicanas”. Na verdade, para dizer as coisas com os nomes certos, foram, isso sim, as tropas portuguesas, as tropas de Portugal que, desprevenidas, enfrentaram os revoltosos republicanos. Diz-se que José R. subiu à varanda da Câmara Municipal e “proclamou a república”. Podia te-la antes declamado, “cantado a república”, sempre com a mesma ilegitimidade e falta de público. Podia ter “proclamado” uma tirania, uma oligarquia, uma teocracia, uma monarquia absolutista, uma democracia com a mesma falta de legitimidade. Ilegitimidade e assalto enrolado pelo fanatismo revolucionário. Tal ilegitimidade seria feita calar com uma sucessão de actos instrumentados como armas da mais clara barbárie.


Cuide-se da varanda da Câmara Municipal de Lisboa. Não vá outro José qualquer declamar um poema e obrigar o país a ser outra coisa qualquer que nunca foi. Ou, até não… pensando melhor… que vá outro qualquer, nem importa ser ou não José, cantar a monarquia do típico governo português. Contudo, para aguentar o novo sistema, recomendo que não se mate o Presidente da República, nem o Primeiro-ministro, nem que se empastelem os jornais para dar voz apenas aos da “cosa nostra”, forjando e  “fazendo a história”. 

A primeira fotografia que aqui vemos foi tirada "in loco". A segunda imagem é uma montagem que os republicanos fizeram circular para propaganda, em 1911, e onde podemos ver que foi acrescentada uma grande multidão de "povo" desenhado. Esta montagem republicana, que enganou a tantos, porque se não fosse para enganar não tinha sido usado para propaganda, ajudou aos poucos a criar o mito de que a república foi uma revolução do povo contra os tiranos senhores Reis. Enfim, o que repetiram no 25 de Abril.

Os revoltosos serviram-se de todo o tipo de manhas (mentiras) para fazer passar uma falsa ideia: "esta é uma revolução dos portugueses, nós apenas fomos instrumentos de suas vontades".

Os revolucionários servem-se sempre do das fraquezas da população para criar nelas ideias e emoções que sirvam os propósitos dos "novos senhores" que os querem governar tão "justamente".

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