06/08/20

EM DEFESA DA FRANÇA

aviso a leitores:
entendemos o "modernismo" tal como ele é, ontologicamente; lamentamos e repudiamos aquele confuso e falso conceito que se tem vindo a formar que é concebido-pelo-conjuto-de-impressões-recebidas-de-qualquer-grupo-ao-qual-se-quer-dar-nome-de-"modernista"; este mesmo mau conceito é ele já impregnado de modernismo).
Este artigo foi iniciado em tempos do incêndio em Notre Dame de Paris, mas só agora sai a público.



Clovis rei dos francos

UMA NOTA SOBRE "MODERNISMO"

O Modernismo é grande afronta à ontologia, pois, relativamente ao SER implicar ou ignorância, ou negação, ou desprezo etc.; isto mesmo concorre contra o próprio objecto da ontologia: o SER; qual negação/violência dificulta tomar também verdadeiramente e com profundidade as próprias verdades de Fé. Sempre temos vindo a mostrar a importância de entender bem o problema desde o âmago.

Ora, campeão da alertar para tal gravidade o blog ASCENDENS não quer também eximir-se de livrar de erros semelhantes aqueles que vão "ajuizar" os REINOS (lembrar que os reinos são muito mais que nações; "nação" é designação que tem por base o lugar de nascimento).


A FRANÇA EXISTE

Eis que acaba de deflagrar o terrível incêndio em Notre Dame de Paris, símbolo da França. Por isto, muitos católicos afirmam "a França católica já não existe". O presidente dos USA afirmou até "Paris não existe mais; não há Paris". Infelizmente, por falta do necessário tacto, este tipo de afirmações não literais é por muitos tomado literalmente.

Existe a França, não há outra, e ela está ocupada! Em defesa da França viemos.

Depois do Império (Sacro Império - equivale de certa forma à Alemanha), a França É (atender ao verbo SER) o primeiro Reino, filha primogénita da Igreja. Esta É (atender ao verbo SER) a França,  e não há nem houve outra. Deus criou/fundou os Reinos Católicos (europeus) que por isso têm essência própria.

A existência da França coloca-se ao nível do SER. Contudo, a França, necessariamente católica, ESTÁ (atender ao verbo ESTAR) hoje ocupada! A França É, mas ESTÁ!

A confusão que hoje se faz  entre SER e ESTAR poucas línguas não a permitem ou facilitam, como é o caso da portuguesa e da espanhola. Esta distinção é NECESSÁRIA, e obrigatória ao católico, pois é parte do pensamento católico, evita grandes confusões e perigosas conclusões em assuntos de absoluta necessidade. A estruturação do pensamento e a boa compreensão requerem atenção à distinção em causa.

A França é católica sim, é a "filha primogénita da Igreja", mas a sua sociedade está de tal forma evadida com erros cravados pela maçonaria durante séculos que parecerá talvez que dela não resta coisa alguma. Desta aparência é que alguns falam ao dizer "a França católica não existe", coisa que não poderia ser levado à letra, como já ficou explicado!

O ataque à Filha Primogénita implica uma resposta de defesa pela parte das outras filhas e filhos da Igreja: os restantes Reinos Católicos (os quais estão mais ou menos ocupados também).

Como chegaram as coisas a este estado de ocupação? Não deveria Deus enviar maiores imunidades à Filha Primogénita? A maior parte dos tradicionalistas de língua espanhola faz mais de um século diz que França é a primogénita apenas por idade, mas que traiu (dizem que Luís XIV negou à França o que Nossa Senhora lhe pediu); dizem também que, a Espanha se tornou a "filha predileta da Igreja" (título que aplicam a si mesmos). Enquanto isto, o inimigo avançou e as coisas estão hoje como estão.

Haverá dúvidas que a Cristandade é aquela que está a ser realmente atacada?


PORTUGAL

Portugal mereceu da parte da Igreja também consideração especial várias vezes.

Pio XII mencionou os nossos antepassados Suevos (com o rei Requiário) como fundadores em Portugal do primeiro reino cristão da orbe latina, anos antes de Clovis dos francos. Este reino suevo veio a ser politicamente desmembrado pelo inimigo mas seus descendentes/população foram base do futuro povo português. (...)

(o artigo foi interrompido aqui)

3 comentários:

Anónimo disse...

os nossos suevos morreram nas pontas das lanças e nas achas de armas dos VISIGODOS-OSTROGODOS ANCESTRAIS comandados pelo grande rei LEOVIGILDO, o terror dos bascos , cântabros, suevos e outras insignificantes gentes, até os Francos foram derrotados no seu governo pelo seu filho RECAREDO . D. Henrique de Borgonha era um tervingio-visigodo descendente de do rei dos Francos e Lombardos , Clodion , na historia dos Lombardos , se denomina rei LETHO (ver dinastia LETHINGIA) . VIVA OS VISIGODOS-OSTROGODOS-PORTUGUESES . Assim. LSouza

Sophie Perenne disse...

Considero muito interessante a abordagem dada por vocês do blog Ascendes a atual situação da França. Mas, devo mencionar há uma coisa que considero como que, pode até ser verdadeira (pois não posso admitir como verdadeiro algo que ainda não estudei), mas ainda assim dão à Portugal um mérito maior que França (não estou afirmando que isso fora dito no post).
Portugal possui de facto uma missão divina, isto é, civilizar o novo mundo. Mas França, a esta está reservada uma missão mais divina ainda: ser a sucessora temporal da Antiga Israel. Caso não entendam o que digo, recomendo a obra La Mission Divine de la France, do renomado Marquis de la Franquerie.
Deus reservou à França diretos especiais, obviamente, estes direitos se personificam na pessoa de seus monarcas (os quais não traíram Deus!) Tais direitos são: a traumaturgia (como atesta o Testamento de São Remígio), uma constituição divina (Lei Sálica, pronunciada pela boca do Santo de Reims em plena Natividade), o privilégio exclusivo da Cerimonia de Lava Pés (sim, o Rei da França é o único leigo após o Papa a poder realizar esse tipo de cerimonia, sendo esta expandida a um número de 13 pessoas por Le Roy Henri IV), além de uma natureza apostólica única (dada à nascença da nação francesa)!

anónimo disse...

Caro Bento, obrigado por comentar.

É interessante o seu conjunto de questões e considerações.

Quanto ao destaque que damos a Portugal vem de um mandato divino que nos foi dado... a nós, portanto não a outros de reinos diferentes: dever pátrio, que é desdobramento do "honrar pai e mãe ...". Tanto mais que Portugal tem vindo a ser atacado pelos erros dos próprios tradicionalistas estrangeiros e portugueses; certamente por ignorância, ou fascínio pela "galinha da vizinha..." ! Ora, que soldados seriam os que abandonassem a defesa da pátria, fossem então defender outra de menor dever!? Haveria o BLog ASCENDENS empregar o tempo com "longínquo" quando Deus nos fez nascer a quase todos aqui em Portugal? Escolheu Ele, creio!

Ninguém encontraria nos nossos artigos como que uma sobreposição de Portugal à importância da França; tanto que em algum dos artigos lembro ser mostrada a ordem de importância dos Reinos: Portugal é o V, a França o II (se n me falha a memória)! Ora, relatar factos nossos pode por vezes exigir comparações, como do artigo o caso: termos vindo do primeiro reino cristão da orbe latina antes de Clovis... (no fim diz o artigo "o artigo foi interrompido aqui")... suponho que viria depois algo sobre a diferença na comparação: nós desaparecemos como reino entretanto (suevos católicos), embora que, como população, estamos ainda cá no reino que veio depois (Portugal)... em suma, somos o primeiro povo cristão da orbe latina ainda existente, não o primeiro reino ainda existente (França).

De onde tirou que "Portugal possui de facto UMA missão divina, isto é, civilizar o novo mundo"? Depois disso Portugal existe como exemplo do último Reino a "cair" da sua integridade! Já reparou!? Da França diz "ser a sucessora temporal da Antiga Israel"... mas os espanhóis têm tese semelhante, até a Rússia (agora na berlinda) e outras mais!

A Igreja atribuiu/reconheceu várias qualidades/vocações especiais às Coroas cristãs: França (os Apostólicos), Espanha (os Católicos), Portugal (os Fidelíssimos), Austria/Alemanha (... não lembro), Inglaterra (não lembro)!

Sobre os vários privilégios dados às Coroas, muitos há: a Rainha de Espanha é a única que pode usar uma luva durante a Missa (mais ninguém)! A Suécia é a única a ter um/a monarca sepultada na própria Basílica de S. Pedro! O Cardeal Patriarca de Lisboa absorveu todas as honras dos restantes Cardeais e Patriarcas do mundo e uma ou outra do próprio Papa (n há ninguém assim)... ora poderá dizer-me que não se trata de um Rei mas sim do Cardeal Patriarca de Lisboa "capelão do Rei de Portugal"! Foi o próprio Deus que nos deu a responsabilidade de um Patriarcado (do Apostolo S. Tomé)! Os pais portugueses podem abençoar os filhos (como sacramental) e a mesa! Podemos ter tronos no retábulo (altar) e tantos privilégios mais que demoraria tempo a escrever e lembrar (que a minha memória anda fraca)! Enfim, a riqueza de características e privilégios são muitos! Mas como foi dito já, a própria Igreja tem as Coroas por certa ordem de justiça e quanto a isso só há que acatar com o significado próprio exigido, claro!

Poderia datar com precisão quase absoluta essa nova moda de em Portugal se exaltar tanto tanto a França! Poderia até fazer historial do fenómeno! Quais os motivos de tal aparecimento "súbito"!? Não estudará isso certamente.... pq há coisas que são de "tradição" ou, se quer, de "testemunho"!

Volte sempre e questione (posso demorar muito a dar resposta, ou não, conforme o meu tempo mo permita!

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