(continuação da I parte)
Mas nós ajudamos a nossa santa causa.... Mentem, tanto dizem, tanto desdizem, tão mal, tão fora do tempo querem propor coisas, demolindo em lugar de concertar, que o povo alucinado, e que chega a dizer a um pobre "Deus o favoreça irmão, tomara eu cá dinheiro para periódicos". Julga que se obra no Governo, e no Congresso, como os periodiqueiros falam, que tem as mesmas ideias incendiárias, subversivas, destampadas, que há impressas nos periódicos. São verdadeiramente os inimigos da causa, e revoltam, ou desorientam o Reino com os escândalos de seus discursos. E isto é servir a causa! Isto é anunciar a ordem pública, e a segurança individual, que são os dois grandes fins que se propuseram os que acudiam ao edifício político? É justo ganhar dinheiro, mas uma folha de papel pardo por três vinténs... Fugite partes adversae. Ao menos se nessa parda folha fossem coisas propostas com inteligência, anunciadas com dignidade, folhadas com correcção, dirigidas ao verdadeiro melhoramento, passe, custassem mais dez réis, não importava; mas três vinténs por parvoíces, vendo-nos como estávamos a respeito de verdadeiras luzes no primeiro instante, ou pior ainda: Fugite partes adversae. Eu não ataco nenhum em particular, muitos têm sido coçados, falo em geral, exorcismo à praga.
Portugueses, fazei um cordão treplicado a essa peste. O Governo tem um Diário, as Cortes têm Decretos: as Côrtes vos dirão o que deveis fazer, o Governo o que se faz. Fugi de periodiqueiros "Fugite partes adversae".
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