02/08/17

VISITAR PORTUGAL - Campo Maior (X)

(anterior, Lamego)

O socialismo no sul de Portugal foi impondo lento esvaziamento das coisas que lhe incomodavam; não usando de declaradas chacinas, Campo Maior foi levado das comemorações do seu Orago S. João para a "Festa do Povo"... O processo foi gradual; a custo da promoção dos "valores", o novo e falso conceito de "cultura", consequente evolução da ideologia da "separação da Igreja e do Estado", sorridente jogo politiquista, e outras mais gentis artes do Demo, esvaziaram a festa ao Santo, sem que muitos se dessem conta, e sem que muitos mais soubessem sistematizar os argumentos adequados. Processo lento, portanto, que ameaça bastantes outras cidades, vilas e aldeias.

Esta facada foi dada onde? Que terra é Campos Maior? Este modelo anticivilizacional quer vingar na terra de Santa Beatriz da Silva (onde também é cultuada; ela que nos Valha).



Se os Senhores Bispos não voltam aos antigos manuais para entender, não mais poderão fazer que proferir desculpas sorridentes perante a invasão que continua a avançar. O que  dizem ao ocorrido? Continuarão com a gasta frase destas últimas décadas "são os novos tempos"?
 
Principalmente nas aldeias, haverá que explicar que a FESTA não é um acontecimento profano, nunca o foi, não é a "festa da terra" mas sim do santo da terra. A Festa tem o seu cume SACRO, e estende-se depois a toda a realidade humana (seja nas vestes festivas, nas comidas melhoradas, nas actividades de convívio e lazer comuns, em manifestações públicas de honra ao seu Santo, etc.). Portanto, a Festa tem primeiramente a sua realidade SACRA, e depois RELIGIOSA (esta falta de distinção hodierna entre "sacro" e "religioso" tem também levado a confusões quanto à música, etc. - assunto que ficará para outra altura).

Evidentemente, quem gravite em torno do Concílio Vaticano II não estará preparado no conhecimento destas verdades em falta, às quais parece ninguém saber acudir. Mas como travar e reverter? A situação pode, imagine-se, exigiria hoje a criação de grupos de investigação e explicação (como se aquelas necessárias verdades católicas, conhecidas tão bem por os nossos antigos tivessem sido encerradas em museu por pudores ideológicos (ideologices erradas, já mortas desde o dia do "nascimento"; tivessem tido primeiro o funeral, e depois o nascimento fingido). Etc. etc. etc...

Campo Maior tem, isso sim, um "arraial sem Festa"; continuando a Festa a ser a de S. João, tal como sempre foi.

Aos leitores estrangeiros recordo que aquilo que verão mais para o final do vídeo é uma boa decoração das Festas.

(a continuar)

Assim, esvaziado o conteúdo, e mantida de certa maneira a forma exterior, o mundo Cristão a caminhar para uma Disneyland...

2 comentários:

Miles disse...

Muito bem! Retrato perfeito da degeneração das festas antes religiosas, hoje cada vez mais profanas e mero pretexto para se dar vazão a muitos comportamentos sem qualquer temperança.

anónimo disse...

Certamente. Estas "festas" deturpadas nem para os bons católicos são lugar de passear temperanças; porque nelas não se deve colocar pé, por ofensa que já desde o intuito fazem à Religião.

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