Insistirei sempre em dizer que o liberal não se identifica apenas pela sua intenção, e que o liberalismo, como movimento, não foi necessariamente intencionalmente anti-católico.
Disto, trago hoje o exemplo de um dos periódicos mais lidos no início do séc. XIX em Portugal, chamado "O Astro da Lusitânia".
Este jornal dizia-se: "liberal, democrático, católico, constitucional e depurador dos maus costumes, ignorância, superstição e corrupção, lançando mão ao ensino primário e às Pastorais para debelar a influência de padres ou frades reaccionários." (O Astro da Lusitânia, nº233, 4 de setembro de 1821, pag. 2)
Evidentemente, os "frades reaccionários" eram aqueles que vieram a ser conhecidos por "tradicionalistas", que lutavam pela pureza da Fé e devolução da monarquia própria, tradicional (o que acabou por acontecer logo depois com D. Miguel ao depor o seu irmão D. Pedro, ilegítimo rei).
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