18/03/14

GALIZA APROVA LEGISLAÇÃO PARA ENSINO DE PORTUGUÊS

Santiago de Compostela,
Coração da Galiza
"Nesta quarta-feira, fruto da iniciativa popular Paz-Andrade, foi aprovada, por unanimidade, no parlamento galego, a legislação que visa promover uma maior integração da língua portuguesa no ensino da região espanhola.

Corria o ano de 2012 e a Galiza celebrava o seu escritor e jurista Valentín Paz-Andrade, um intelectual de estreitas ligações com Portugal (chegando mesmo a integrar a Comissão Galega do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, nos anos de 1986 e 1990). Nessa altura teve início a Iniciativa Paz-Andrade, um movimento popular que visava levar, aos trâmites parlamentares do parlamento galego, legislação que promoveria uma maior integração da língua portuguesa nas escolas galegas.
Em 2013, após a recolha de 17 mil assinaturas, uma proposta de lei chegou mesmo a entrar em vigor, mas sucessivas revisões ao texto remetem para aquilo que, esta quarta-feira, aconteceu, em que a forma final da lei foi aprovada por unanimidade no parlamento da região galega.
Com vista a defender a herança das relações entre a Galiza e o norte de Portugal, a lei prevê a incorporação incremental do ensino da língua portuguesa na escolaridade obrigatória, assim como a fala da mesma como um critério para o serviço público.

A Galiza espera, assim, manter o acesso aos mercados de língua portuguesa. Para além destas medidas concretas, a lei compromete o Governo autónomo a promover a "herança cultural", através de medidas como a asseguração da partilha de transmissões de TV e rádio." (Jornalismo Porto Net, 12/03/2014)

Sim... mas que língua portuguesa!?...

2 comentários:

Francisco Vilaça Lopes disse...

As línguas são muito parecidas (poderíamos dizer que são uma única). O que é mais diferente entre as duas é a ortografia, que dá destaque a certos pormenores. Se a gente fosse transcrever cada sotaque do português com critérios puramente fonéticos, a linguagem escrita tornar-se-ia incompreensível. Imaginemos "U Puarto é uma naçãoum", "Eu bíbu em Bjeu", "Mácjête mom?", "Samguel" ou "Nóis vamo no bánquêtxi". A uniformidade da escrita não anula as diferenças regionais dos sotaques.

anónimo disse...

Francisco Vilaça Lopes,

Obrigado por comentar.

A língua e o uso da língua são coisas diferentes. O "regionalismo" não é uma regra mas sim uma exepção com termos e limites. Um professor pode e deve corrigir o aluno que diga "baca"!

Está a querer fazer de acidentes, regras!

Volte sempre.

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