(continuação da XIV parte)
"A ciência deve, portanto, começar com a crítica aos mitos" (Karl Popper)
A SELECÇÃO NATURAL
A selecção Natural, ainda usada em sentido metafórico, faria com que
os seres vivos se mantivessem sempre fieis ao tipo, eliminando os que se
desviem dele. Esta seria o sentido corrrecto da expressão Selecção Natural; expressão que, por certo, não foi criado por
Darwin –como muitos crêem, e como o mesmo se encarregou de fazer acreditar -,
Senão que, vinte e quatro anos mais tarde pelo naturalista inglês Edward Blyth,
quem a usava no sentido que anteriormente assinalei.
Para o leitor interessado em ver
como Darwin deliberadamente ocultou toda a menção a E. Blyth, depois de se
apoderar do seu conceito e de ter-lhe mudado o sentido, permito-me recomendar o
livro fascinante do já desaparecido e famoso antropólogo americano Loren
Eiseley: Darwin And The Mysterious Mr. X.
A chamada Selecção Natural é uma metáfora que indica a acção (imprecisa,
aleatória, impossível de determinar e quantificar) de um conjunto de factores
na natureza, que faz com que os seres vivos permaneçam sempre fieis ao seu tipo:
os peixes, peixes; os macacos, macacos, e os homens, homens. A respeito dos
homens, a Selecção Natural pareceria
não estar muito activa ultimamente…
Aclaro já que este efeito da Selecção Natural (estabilizador o
conservador do tipo) já foi econhecido – Ainda que com ranger de dentes – por vários
cientistas darwinbistas (Simpson, Maynard Smith, G. Willams, R. Lewontin e R.
Leakey, entre outros). Usada em sentido contrário, ou seja, como "algo” capaz de
transformar uma espécie em outra, é um conceito absolutamente erróneo.
Isto é assim, caro leitor, porque
as características de todo o ser vivo estão rigorosamente programadas – até ao
último detalhe – a nível do código genético (!). E a Selecção natural jamais
pode fazer tal; pela simples razão de que ela “actua” (metaforicamente,
entenda-se) sobre o organismo já formado e não sobre os seus genes; o, como
dizem os biólogos, ela actua sobre o fenótipo e não sobre o genótipo.
(continuação, XVI parte)
(continuação, XVI parte)
Sem comentários:
Enviar um comentário