"A Voz dos Papas: Partiremos das origens, como fazem os Soberanos Pontífices ao denunciar as graves perturbações em curso. Além de acusar o liberalismo, os papas vão mais longe no passado e todos, desde Pio VI até Bento XV, falam na crise reduzindo-a à luta encetada contra a Igreja no século XVI pelo PROTESTANTISMO e pelo NATURALISMO, do qual aquela heresia foi a causa e a primeira propagadora.
O Renascimento e o Naturalismo: O naturalismo já se encontra no Renascimento, que nos esforço para recuperar as riquezas das antigas culturas pagãs e particularmente a cultura e a arte dos gregos, conduziu à exaltação exagerada do homem, da natureza e das forças naturais. Exaltando a bondade e o poder da natureza, menosprezava-se e fazia-se desaparecer do pensamento dos homens a necessidade da graça, a distinção da humanidade para a ordem sobrenatural, a luz trazida pela Revolução. Sob o pretexto de arte quiseram introduzir por toda parte, até nas igrejas, esse nudismo (sem exagero se pode chamar de nudismo) que domina na Capela Sistina em Roma. Consideradas sob o ponto de vista artístico, estas obras têm seu valor; porém nelas prima o aspecto sensual da exaltação da carne, totalmente em oposição aos ensinamentos do Evangelho: "Pois a carne luta contra o espírito, diz São Paulo, e o espírito luta contra a carne." (Gal. V. 17) Não condeno esta arte se restrita aos museus mundanos, mas não vejo nela um meio de exprimir a verdade da Redenção, ou seja, uma feliz submissão da natureza redimida à graça, Já na arte barroca da contrarreforma católica, o meu parecer é bem diferente, especialmente nos países que resistiram ao protestantismo: o barroco utilizará ainda anjinhos rechonchudos mas esta arte de puro movimento e expressões às vezes patéticas é um canto de triunfo da Redenção, um canto de vitória do catolicismo sobre o pessimismo de um protestantismo frio e desesperado." (D. Marcel Lefebvre, Do Liberalismo à Apostasia)
2 comentários:
ASCENDENS, o que acha dos nus na Arte Cristã?
Caro Tancredo Lusitano, bem aparecido seja.
"A Voz dos Papas:
Partiremos das origens, como fazem os Soberanos Pontífices ao denunciar as graves perturbações em curso. Além de acusar o liberalismo, os papas vão mais longe no passado e todos, desde Pio VI até Bento XV, falam na crise reduzindo-a à luta encetada contra a Igreja no século XVI pelo PROTESTANTISMO e pelo NATURALISMO, do qual aquela heresia foi a causa e a primeira propagadora.
O Renascimento e o Naturalismo:
O naturalismo já se encontra no Renascimento, que nos esforço para recuperar as riquezas das antigas culturas pagãs e particularmente a cultura e a arte dos gregos, conduziu à exaltação exagerada do homem, da natureza e das forças naturais. Exaltando a bondade e o poder da natureza, menosprezava-se e fazia-se desaparecer do pensamento dos homens a necessidade da graça, a distinção da humanidade para a ordem sobrenatural, a luz trazida pela Revolução. Sob o pretexto de arte quiseram introduzir por toda parte, até nas igrejas, esse nudismo (sem exagero se pode chamar de nudismo) que domina na Capela Sistina em Roma. Consideradas sob o ponto de vista artístico, estas obras têm seu valor; porém nelas prima o aspecto sensual da exaltação da carne, totalmente em oposição aos ensinamentos do Evangelho: "Pois a carne luta contra o espírito, diz São Paulo, e o espírito luta contra a carne." (Gal. V. 17)
Não condeno esta arte se restrita aos museus mundanos, mas não vejo nela um meio de exprimir a verdade da Redenção, ou seja, uma feliz submissão da natureza redimida à graça, Já na arte barroca da contrarreforma católica, o meu parecer é bem diferente, especialmente nos países que resistiram ao protestantismo: o barroco utilizará ainda anjinhos rechonchudos mas esta arte de puro movimento e expressões às vezes patéticas é um canto de triunfo da Redenção, um canto de vitória do catolicismo sobre o pessimismo de um protestantismo frio e desesperado." (D. Marcel Lefebvre, Do Liberalismo à Apostasia)
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