11/06/18

OS "MILAGROSOS ACIDENTES" ESCULTÓRICOS - Portugal (I)

Nunca em Portugal houve tantos acidentes com monumentos … melhor, com estátuas.

Passemos primeiro os olhos pelo passado.

Em 1922 elementos da maçonaria/carbonária dinamitaram a Capelinha das Aparições.


A República Maçónica (1910) empreendeu a construção de um grande monumento ao desgraçado D. Sebastião José Carvalho e Melo (1º Marquês de Pombal, e Primeiro Ministro Régio), como o mais antigo e maior símbolo que em Portugal conseguiam fazer identificar como oposição à Tradição portuguesa (por eles chamada de "absolutismo"). Quando o Estado Novo iniciou o lamentável monumento estava já edificado, e veio a ser então inaugurado no dia de aniversário do Marquês: 13 de Maio; era o ano 1934. Isto foi muito polémico, houve manifestações e reacções populares, e a maçonaria foi um ano depois da inauguração proibida em Portugal; o monumento veio por fim a ser agraciado com explosivos, e restaurado logo depois (estas informações já foram mais fáceis de encontrar na internet há uns anos - cópias de documentos da época  [como não mais encontramos online imagens da notícia, solicitamos que os leitores as descubram e no-las enviem).

Inauguração pública, mas ocultada como sendo maçónica. Ou seja, foi uma imposição que tinha por base a maçonaria, mas publicamente anunciada como outra coisa qualquer. Não é portuguesa.
(a continuar)

1 comentário:

anónimo disse...

Nota: Ao contrário daquilo que vários estrangeiros julgam, o Marquês de Pombal não pertenceu à Maçonaria. A coincidência do pensamento de Marquês de Pombal e a Maçonaria dá-se principalmente porque convergem nas "novas ideias" vindas do estrangeiro (Iluminismo), e a proximidade com as mesmas pessoas portadoras de tais ideias. Sem duvida, bastante fora da Tradição lusa se situava Sebastião José Carvalho e Mello, com ódios à alta Nobreza portuguesa, e que usou alguns deslizes dos Jesuítas para indispor contra eles boa parte do Clero e a própria Igreja. A forma medrosa como o Rei D. José operava, e a astúcia do Marquês (seu primeiro Ministro) em controla-lo, e a todos aqueles que sobre o Rei pudessem ter "demasiada influência", criou uma situação de poder partilhado que mereceu humor sarcástico dos súbditos: quando se dizia "D. José mandou que…" alguém perguntava "D. José? Qual deles?". O despotismo de Pombal, consistiu em usar o poder do Rei sem ter a responsabilidade de Rei, ou seja, usar por sua conta poder que não lhe pertencia, nem podia pertencer. O mal de D. José foi ter delegado o indelegável, uma vez que até a Tradição monárquica dos seus antecessores não lho recomendava; ainda que a enorme herança do reinado de seu pai D. João V lhe pesasse e temesse.


A Maçonaria exalta o Marquês de Pombal, mais não fosse porque necessita encontrar raízes históricas que a prestigiem. Para a Maçonaria, a infeliz estátua do Marquês não serve para honrá-lo sequer, mas sim a ela mesma, tal como acaba por fazer com todos os que coloca em pedestal. Infelizes!

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