23/07/16

D. MARCEL LEFEBVRE: COMO PORTUGAL, REEDIFIQUEMOS A CRISTANDADE


Em 1969, a revista portuguesa anti-católica (mas anunciada como católica), de nome GEDOC, publicou este artigo, intitulado "Mrg. MARCEL LEFEBVRE":

Papa Pio XII com o seu Delegado Apostólico D. Marcel Lefebvre, Arcebispo de Tulle.
""a exemplo de Portugal, é preciso reedificar a cristandade" [Mrg. M. Lefebvre]
O boletim do "Cercle dínformation civique et sociale" (51, Rue de la Pompe, Paris - 16) publica o texto de uma conferência de monsenhor Marcel Lefebvre, antigo geral dos Padres Espiritanos, pronunciada em Paris no decurso de um jantar organizado pela Union des intellectuels indépendants, a que preside M. François Cathala.
Depois de ter falado da crise moral contemporânea e da situação relativamente florescente do catolicismo sob o pontificado de Pio XII, "papa excepcional", - o prelado traçou a história do Concílio que "desde os primeiros dias foi invadido pelas forças progressistas" e falou da maneira "escandalosa" como foi atacada a Cúria.
Fazendo notar que Vaticano II não foi, como os concílios precedentes, de carácter "dogmático", monsenhor Lefebvre foca a profissão de fé de Paulo VI: "É um acto que, sob o ponto de vista dogmático é mais importante que todo o Concílio (...). Empenha a fé da Igreja (...). É sobre a fé católica e romana reafirmada pelo sucessor de Pedro, que se impõe, reconstruir a cristandade... com os princípios que serviram para a sua construção".
Depois de ter pronunciado o elogio de Salazar, homem "excepcional", "admirável", "profundamente cristão" - o orador acrescentou entre outras coisas:
"O que Portugal fez, não há razão alguma para que nós o não possamos fazer também. Não há razão que impeça reconstruir a sociedade cristã, a família cristã, a escola cristã, a corporação cristã, a profissão cristã e o Estado cristão. Seria duvidar da nossa fé. Só os nossos sucessores tirarão proveito disto, talvez: pouco importa!""
Evidentemente, D. Marcel Lefebvre referia-se à sociedade, a vida das pessoas, a moral, recta intenção, não apenas aos sacramentos e doutrina (estas últimas são ordinariamente de primeira linha, quanto à Fé e à salvação da alma; usadas em contradição às outras levariam ao degredo acabando em idolatria). O elogio feito a Salazar não significou o elogio à república; nem o Estado Novo (de Salazar) foi realmente republicano: o Estado Novo foi a nossa monarquia em espera do seu rei ausente (ao Cardeal Patriarca de Lisboa, António Cerejeira, Salazar, certa vez confessou que "sempre me senti vocacionado para ser Ministro de um Rei absoluto" - eis um Marquês de Pombal bom). Salienta-se, mais que tudo, a referência de Mrg. Lefebvre a Portugal e à Cristandade.

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