Caros leitores, como já são vários os artigos onde se transcrevem as páginas da obra "Flores de España, Excelencias de Portugal", e como agora mesmo ia fazer mais outra transcrição deste livro interessantíssimo, perguntei-me porque motivo não havia de traduzir e transcrever uma parte do livro, o que possa. A maior dificuldade desta empreitada é da tradução. A obra está em castelhano antigo, e há bastantes frases que terão de ser "desmontadas" para que em português se lhes entenda o sentido original. Cá vamos...
FLORES DE ESPAÑA,
EXCELENCIAS DE PORTUGAL,
EXCELENCIAS DE PORTUGAL,
Em que brevemente se trata lo mejor de sus historias, y de todas las del mundo desde su principio hasta nuestros tiempos, y se descubren muchas cosas nuevas de provecho, e curiosidad.
PRIMERA PARTE
A La Magestad Del Rey Catholico
de las Espaãs
DON PHILIPPE IV
por
António de Sousa de Macedo
Su Moço Fidalgo, e Cavallero del Habito de Christo
COIMBRA
na Officina de António Simões Ferreyra,
Impressor da Universidade,
Anno de 1737
Com todas as licenças necessárias
SENHOR:

Bem sei que este meu trabalho por coisas de letras será favorecido por V. Majestade, como o são todas as ciências; por matéria de Portugal lhe estimará V. Majestade, pois pelas mercês que faz a este Reino, vemos claro que tem presentes as obrigações de honrar-lhe como os senhores Reis seus passados, que com o sangue lhe deixaram isto por herança; pelo que me toca será bem recebido; porque V. Majestade como tão grande Príncipe aceitará a boa vontade igualmente que aos grandes serviços. Resta-me desejar, que se V. Majestade, dando os negócios lugar, seja por sua natural curiosidade, seja pelo amor que tem a este Reino, ou por fazer a mim mercê, puser os olhos em algo deste livro, lhe pareça bem o estilo; porque então estas Flores (Flores de Espanha, e Flores de vinte e dois anos de minha idade) poderão com toda a propriedade chamar-se flores, pois serão certas esperanças de copiosos frutos de meu engenho, que animado com as aprovações, que será o mesmo que mandado de um tal César, sairá à luz com outras obras, principalmente do tempo de V. majestade, em que, se tenho seu Real favor, como espero,
Farei que outro Alexandre em vós se veja,
Sem a dita de Aquiles ter inveja
Deus guarde a Católica Pessoa de V. Majestade, como a Cristandade necessite, e seus vassalos desejamos.
Farei que outro Alexandre em vós se veja,
Sem a dita de Aquiles ter inveja
Deus guarde a Católica Pessoa de V. Majestade, como a Cristandade necessite, e seus vassalos desejamos.
ANTÓNIO DE SOUSA DE MACEDO
(continuação, II parte)
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