15/08/14

"JUDEUS E MAÇÕES" - Artigo, 1906

Da católica e aprovada revista mensal "Voz de S. António" (mês de Janeiro, 1906):

"Judeus e mações. - Completamente distintos historicamente, no campo das ideias e interesses, judeus e mações, entendem-se admiravelmente, unindo-se harmoniosamente em defesa duma causa, que parece comum.

Ninguém suspeitaria esta liga de elementos, que a todas as luzes pareciam heterogéneos, se os factos a não tivessem revelado, e por uma forma a não deixar dúvida.

A revolução da Rússia oferece mais um facto a favor desta afirmação. É sabido - todos os jornais têm dito - que os judeus têm sido perseguidos na Rússia, pelo povo, que mata e incendeia a torto e a direito sem dó nem compaixão.

O que, porém, se não sabe talvez, é que a maçonaria, que em França sacrifica, com prazer e voluptuosidade tigrina, milhares de vítimas inocentes, sujeitando-as a torturas piores que a morte, se sentiu profundamente magoada, na delicada sensibilidade do seu altruísmo, pelos morticínios de seus irmãos israelitas na Rússia!

Foi tão funda, sincera e pungente esta dor, que a suprema direcção maçónica enviou, desde Roma, circulares a todos os Grandes-Orientes, mandando que os judeus sejam por toda a parte protegidos e considerados, para todos os efeitos, como irmãos, patenteando-se-lhes a entrada nas lojas (salvo seja!) por forma que possam conhecer e utilizar-se do sinal de socorro, nas revoltas populares, e por esse modo ser socorridos por seus irmãos.

Este sinal de socorro é hoje bem conhecido e assás divulgado no mundo profano. Consiste, segundo leio numa revista estrangeira, em cruzar as mãos sobre o peito com as palmas voltadas para fora. É a cruz que dizem entrar em várias cerimónias maçónicas, mas sempre deturpada e profanada."

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