(continuação da II parte)
Lisboa nunca foi a ultima na devoção com Santo António ; estou até em dizer que foi sempre a primeira, e perdõe-me Pádua.
Era dever de justiça, porque António enobreceu a Pátria que por tantos títulos o chama seu.
Bemaventurada cidade que foste o berço de António!
O grande numero de imagens do nosso Santo, que se veneram em Lisboa, e em todo o Patriarcado, prova até à evidência o encendrado amor e devoção que lhe têm tido sempre seus compatricios. Basta dizer que, só no Patriarcado, há mais de trezentas imagens do nosso Santo.
Algumas destas imagens são muito milagrosas, e por isso os fieis do Patriarcado costumam recorrer a elas com muita fé em todas as suas necessidades.
São diversos os modos porque costumam representar o nosso Santo; o mais comum, não só no Patriarcado mas em toda a parte, [...] (o Santo em pé tendo em uma das mãos um livro, onde se vê Jesus Menino acariciando o seu fiel servo, e na outra mão tem ás vezes um livro, outras uma cruz, outras ambas as coisas juntas.)
Na Sé de Lisboa venera-se uma imagem de Santo António dum modo verdadeiramente singular na iconografia Antoniana; mas que se funda num facto histórico. Como é sabido, Santo António entrou ainda menino para a Sé de Lisboa, onde foi educado nas verdades da Religião e nas primeiras lettras até aos quinze anos. A imagem venerada na Sé, comemora este facto da vida do Santo, vestido de menino do coro [...].
Os patrícios de Santo António preparam grandes festejos para o dia 15 de agosto do corrente ano de 1895, sétimo centenário do nascimento do nosso Santo.
Lisboa quer honrar as suas gloriosas tradições.
A fim de promover estas festas nacionais em honra do nosso Grande Português, já se formou na Capital uma grande comissão, em que figuram as pessoas mais distintas.
A digníssima comissão não tem trabalhado de balde. Prova-o o seguinte Decreto Real, ordenando que o sétimo centenário do nascimento de Santo António se considere festa nacional.
Eis o Decreto :
"Attendendo ao que me apresentou a commissão executiva das festas do setimo centenario do nascimento de Santo António pedindo para que seja, desde já, considerada esta festa como nacional, e : Desejando eu concorrer para o maior esplendor da glorificação d’um Santo, que pelos seus insignes merecimentos e piedosas obras, tão sublime exemplo foi das mais acrisoladas virtudes christãs, e com tamanha gloria illustrou a Egreja e a patria que o viu nascer ; Hei por bem decretar, que o dia quinze de agosto de mil oitocentos e noventa e cinco, setimo centenario do nascimento do glorioso Santo António, seja considerado como de festa nacional.
Os patrícios de Santo António preparam grandes festejos para o dia 15 de agosto do corrente ano de 1895, sétimo centenário do nascimento do nosso Santo.
Lisboa quer honrar as suas gloriosas tradições.
A fim de promover estas festas nacionais em honra do nosso Grande Português, já se formou na Capital uma grande comissão, em que figuram as pessoas mais distintas.
A digníssima comissão não tem trabalhado de balde. Prova-o o seguinte Decreto Real, ordenando que o sétimo centenário do nascimento de Santo António se considere festa nacional.
Eis o Decreto :
"Attendendo ao que me apresentou a commissão executiva das festas do setimo centenario do nascimento de Santo António pedindo para que seja, desde já, considerada esta festa como nacional, e : Desejando eu concorrer para o maior esplendor da glorificação d’um Santo, que pelos seus insignes merecimentos e piedosas obras, tão sublime exemplo foi das mais acrisoladas virtudes christãs, e com tamanha gloria illustrou a Egreja e a patria que o viu nascer ; Hei por bem decretar, que o dia quinze de agosto de mil oitocentos e noventa e cinco, setimo centenario do nascimento do glorioso Santo António, seja considerado como de festa nacional.
O Presidente do conselho de ministros e os ministros e secretários de Estado das mais diversas repartições assim o tenham entendido e façam executar.
Paço em 19 de julho de 1894 – Rei – Ernesto Rodolpho Hinlze Ribeiro, João Ferreira Franco Pinto Castello-Branco, Antonio de Azevedo Castello-Branco, Luiz Augusto Pimentel Pinto, João António Brisac das Neves Ferreira, Carlos Lobo d’Avila."
À grande comissão aderiu a Câmara Municipal de Lisboa, encarregando-se de convidar as outras câmaras municipaes do Reino a fazerem-se representar nos festejos que se promovem, e inscrevendo uma verba especial no seu orçamento, para as despesas do sétimo centenário.
Estamos persuadidos que as outras câmaras municipais de Portugal, não tardarão muito a manifestar os seus sentimentos de piedade, aderindo aos festejos religiosos e nacionais, altamente patrióticos, que Portugal vai fazer em honra do nosso grande Português.
À grande comissão aderiu a Câmara Municipal de Lisboa, encarregando-se de convidar as outras câmaras municipaes do Reino a fazerem-se representar nos festejos que se promovem, e inscrevendo uma verba especial no seu orçamento, para as despesas do sétimo centenário.
Estamos persuadidos que as outras câmaras municipais de Portugal, não tardarão muito a manifestar os seus sentimentos de piedade, aderindo aos festejos religiosos e nacionais, altamente patrióticos, que Portugal vai fazer em honra do nosso grande Português.
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