28/01/14

PENSAMENTOS E LEMBRANÇAS ASCENDENS (I)

1 - Quem escolheria para seus velhos pais um médico que se interessasse mais em falar das doenças que aplicar as curas, com o pretexto de "estar a combater a doença"!?

2 - A obediência deve praticar-se tanto mais quanto possível. Tal como o negociante, que não perde a oportunidade de fazer um rentável negócio, assim o católico não deve perder a oportunidade de praticar a obediência. Os liberais que se dizem católicos olham a obediência como algo a evitar sempre que possível, e na verdade não a desejam para eles, toleram-na quase só como modo regulador indispensável.

3 - Uma verdadeira reforma consiste na operação com a qual se procura eliminar o contraditório de si, e elevar e recuperar o que é próprio.

4 - Se não sabe o que é "liberalismo" nem "modernismo", por favor,  não use tais designações!

5 - Não confie numa "humildade" não submetida ao bem maior. Não confie numa "obediência" que inverte a ordem de critérios da autoridade a que diz submeter-se.

6 - Nenhuma instituição ou entidade (que não a Santa Igreja) pode realmente designar-se por "a Tradição" ou fazer-se representante dela, mesmo que seja ou venha a ser a última defensora da Tradição. Há coisas que se dizem por simbolismo.

7 - O católico tem de desprezar o mal, não como um objectivo mas como consequência de amor ao bem, sendo que o bem, este sim, deve ser procurado - no bem deve repousar o coração.

8 - A verdadeira reforma consiste na vida de santidade. A vida de santidade é a vida nova. Também a reforma aplicada a uma colectividade, ou à Igreja, não dispensa ajustes estruturais e medidas (etc.) conformes à santidade.

9 - A verdadeira segurança do católico requer reconhecer e amar a Deus como absoluto Senhor. Todo o mais deve ser feito e usado segundo este pensamento, e, na terra, o estabelecimento das coisas deve ser feito por extensão da realidade anterior.

10 - Primeiro a salvação da minha alma, só depois a salvação da alma dos outros. Contudo, tentar salvar os outros faz muito pela minha salvação.

11 - Por caridade, choramos a miséria alheia e exultamos com a graça alheia.

12 - O sorriso, tanto mostra como esconde! A alegria torna o sorriso verdadeiro, oportuno, honesto, suficiente, bondoso, belo. A falta de alegria torna o sorriso nervoso, inoportuno, falso, visceral, ...

13 - A alegria verdadeira é sempre maior dentro, do que fora. Se o riso fosse igual à alegria, a santidade seria uma comédia!

14 - Entes de qualquer coisa a misericórdia é um amoroso estender de mão e não o agarrar à força. A misericórdia pode ou não ser aceite por aquele a quem a pretendemos dar.

15 - Devemos alegrar-nos com o bem, mas não nos devemos alegrar com o mal. O mal deve aborrecer o católico, e não alegrá-lo.

16 - Contra intenção de verdade não pode haver caridade. Sem intenção de caridade, é perigoso manobrar a da verdade para com os outros.

17 - Quem ama verdadeiramente a Deus, é porque Deus o quis. Mas como palpamos que Deus nos ama se não pelo amor que Lhe temos!?

18 - Fé, Esperança e Caridade, acompanham-se mutuamente!

(a continuar)

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