SUBJECTIVIMSO
Subjectivismo é introduzir a liberdade na inteligência, quando pelo contrário a nobreza desta consiste em submeter-se ao seu objecto, consiste na adequação ou conformidade do pensamento com o objecto conhecido. A inteligência funciona como uma câmara fotográfica, deve reproduzir exaltadamente as características perceptíveis do real. A sua perfeição consiste na fidelidade ao real. Por este motivo a verdade define-se como a adequação da inteligência com a coisa. A verdade é esta qualidade do pensamento, de estar de acordo com a coisa, com o que é. Não é a inteligência que cria as coisas, mas as coisas que se impõem à inteligência como são. Consequentemente a verdade de uma afirmação, depende daquilo que é, é algo do objectivo; e aquele que procura o verdadeiro deve renunciar a si, renunciar a uma construção do seu espírito, renunciar a inventar a verdade.
Pelo contrário, no subjectivismo, é a razão que constrói a verdade: deparamos como a submissão do objecto ao sujeito! O sujeito transforma-se no centro de todas as coisas. Estas não são mais o que são, mas aquilo que é pensado. O homem passa a dispor da verdade conforme lhe convenha: no plano filosófico este erro chama-se "idealismo", no plano moral, social, político e religiosos chama-se "liberalismo" [outra forma de ordenar estas diferenças é colocar o subjectivismo e o idealismo dentro do liberalismo]. Como consequência a verdade será diferente conforme os indivíduos e os grupos sociais. A verdade é necessariamente compartilhada. Ninguém pode pretender tê-la exclusivamente em sua integridade; ela se faz se procura sem descanso. Poder-se ver o quanto isto é contrário a Nosso Senhor Jesus Cristo e à sua Igreja. (Do Liberalismo à Apostasia - D. Marcel Lefebvre)
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