Quando a 13 de Maio de 2016, em Fátima, em unidade com todos os Bispos de Portugal, o Cardeal Patriarca de Lisboa consagrou Portugal ao Imaculado Coração de Maria, não se viu difusão do feito por parte dos meios tradicionalistas em geral (nem blogues, nem sites, nem sermões). Agora que em Fátima o líder dos católicos ucranianos, sozinho, fez uma consagração da Ucrânia ao Imaculado Coração.... ahh isso sim, isso já é notícia que todos proclamem em abundância!
Estranho.... Parece que há gosto que de Portugal só houvesse que noticiar aquilo que possa ser entendido como "país que está muito mal, e que outros irão resgatar"...! Será que para alguns os factos têm de ser retalhados para lhes sustentarem alguma tese basilar!?...
4 comentários:
Também é muito estranho que alguns meios conhecidos como tradicionalistas venham agora noticiar a consagração da Polónia a Cristo Rei... Mas e Portugal!? Em Portugal não há nada, dizem eles...
Caro Reaccionário,
obrigado por comentar.
Indigna, e há motivos justos para tal indignação. Por escrito, eu já tinha dado a conhecer esta consagração, via correio electrónico (como vc. bem sabe, pois recebeu a mesma circular). Já agora, pergunto: também publicou aquele bendito feito da Consagração, ou falou nele às pessoas mal informadas nos ditos meios?
O Reaccionário fez parte do grupo de pessoas, portugueses e brasileiros, que tinham rezado durante alguns meses para que esta consagração fosse feita pelo Sr. Cardeal Patriarca de Lisboa em unidade com todos os Bispos de Portugal (Dioceses - porque interessa consagrar territorialmente). Disto, como sabe fiz saber no mesmo e-mail (vagamente). E-mail circular, e que foi para pouquinhas pessoas, na esperança de ver contentamento da parte de todos... não sei se houve, até hoje não sei... e sei que nem a consagração foi noticiada por tradicionalistas (da velha guarda), fosse em Portugal, no Brasil, ou em outro lado.... procurei, e nada encontrei.
Ora, suponho, porque não dá para não supor, nem supor outra coisa, que a tese de Mons. Tissier (FSSPX), segundo a qual se levanta séria possibilidade da invalidade das novas sagrações episcopais tenha aceitação ainda, quando institucionalmente a tese não é mais aceite, por refutada que ficou, tal como foi explicado pelo anterior superior da Casa Autónoma das Espanhas (Sr. Pe. Juan Montagut) a um fiel português. Pode muito bem ter acontecido que a tal refutação, por nunca ter sido em Portugal apresentada aos que há longos anos costumam frequentas estas capelas, mantenha ainda o seu efeito distanciador e a suspeita. Institucionalmente, em alguns dos seus órgãos de comunicação, a FSSPX fez publicidade a outras consagrações ocorridas em local onde têm maior expansão. Não é o local nem o momento mais adequado, mas deixo a nota: a outra tese de Mons. Tissier, a qual eu apenas conheci em 2016, como tantos outros, a tese da "jurisdição de suplência", não sei se foi refutada, mas se sim, nunca os estatutos da FSSPX foram alterados para corresponder-lhe (e por todos estes factos, penso eu, e pensarão outros, que se trata de apenas uma tese não imposta aos sacerdotes, e muito menos aos fiéis que acorrem às capelas).
Voltando à não publicidade, há que dizer que não é coisa exclusiva da FSSPX (calhou falar nela primeiro, porque é ela mais importante), aconteceu também nos meios da auto-proclamada USMC (União Sacerdotal Marcel Lefebvre) e os pequenos grupos de sacerdotes e fiéis tradicionalistas espalhados pelo mundo (os mais conhecidos, e não escolheram nome, são designados comumente por "os da Rádio Cristiandad").
(a continuar...)
(continuação)
Mas, não seria normal acontecer que a comunicação social modernistada fosse a única a sair ilesa no assunto! Ei que o Sr. Cardeal Patriarca, aquando da Consagração de Portugal ao Imaculado Coração de Maria, querendo provavelmente dar "mortadela" a uns e a outros, deu duas informações que não se excluem: que ele em unidade com os Bispos de Portugal procedia à consagração de todas as dioceses portuguesas ao Imaculado Coração de Maria, e que esta consagração de Portugal era a renovação daquela mesma que o Cardeal Patriarca de Lisboa em unidade com os Bispos tinha feito anteriormente. Pois agora, a comunicação modernistada, preferiu dizer quase unanimemente "consagração das dioceses", em vez de "consagração de Portugal".
Ao fazer notar isto nem estou a pensar na imprensa laica, maçónica, a qual zela muito pela "separação da Igreja e do Estado", "liberdade religiosa", "contra o paternalismo", ou quer imortalizar o feito maçónico e liberal da extinção da Santa Igreja Patriarcal de Lisboa (isto sim uma grande vergonha que alguns baralhados tradicionalistas portugueses deveriam ter protestado em defesa da sua Mãe Igreja e Mãe Pátria); estava a pensar na própria comunicação social religiosa em geral.
Portanto... indigna que uns informem pelo lado que lhes convém (desinformação), e que outros não informem porque lhes convém (ocultação). Nossa Senhora lhes perdoe a todos por tanta diversidade de "bandeiras" onde a notícia é, há que lembrar: IMPORTANTE a dar, e na íntegra.
O acontecimento foi importante, histórico até. Aos que jogarem com isto, aqui vai o aviso: o castigo virá.
Pedro Oliveira.
Os meios de comunicação em falta podem ainda dar a notícia devidamente.
Enviar um comentário