Quais os nomes daqueles Padres portugueses que em Portugal continuaram sempre a rezar a "Missa antiga"? Quantos foram, quantos são? Quais os nomes daqueles Padres portugueses que em Portugal mantiveram intacta a Doutrina tal como ela anteriormente tinha sido transmitida? Quantos foram, quantos são?
Catacumbas |
À afirmação de que em Portugal não há nem houve padres portugueses nas condições apresentadas, haveria que pedir paradeiro. Virá tal afirmação de fonte oficial, revelação sobrenatural, imaginação, necessidade e desejo, equívoco, cálculo matemático, adivinhação, inquérito, suposição...!? Seja como for, tal afirmação é errada, e sinto-me na obrigação de dar o meu testemunho.
Porque convém objectivar, recuo aos anos 90, para vos mostrar alguns exemplos de Padres portugueses, em Portugal, naquelas situações, e vivendo em locais diferentes (omitirei nomes e dados muito precisos, por razões convenientes):
- Um destes Padres era Capelão num Hospital, Doutor, e grande sumidade em certa área científica. Homem muito humilde que passaria despercebido se não fosse pela quantidade de gente que o cumprimentava ao passar, e por usar batina. Não tinha paróquia, tratava alma a alma os hospitalizados, paroquianos dos outros em situação extraordinária, digamos assim, era confessor em algumas instituições (lar de idosos, colégio das meninas, etc.). Mais há para dizer...
- Um outro Padre é conhecido em Portugal por uma área muito específica do estudo da história de Portugal (vulto agraciado por várias entidades, entre ela a Fundação Calouste Gulbenkian), Professor universitário. Como cónego, sempre conservou as suas funções na Sé, como podia. No centro da cidade o Arcebispo havia-lhe destinado uma antiga casa com capela onde recebia ordinariamente um certo número de pessoas. Mais por simpatia da sua condição, chegou a ser visitado por um Padre francês da FSSPX, o qual foi convidado à refeição entre vários outros padres da Diocese. Deste Cónego alertaram-me mais ou menos desta forma "cuidado... ele diz a missa de costas para o povo... e não aceita o concílio... ", ao qual, muito admirado, assustado, perguntei "mas... porque é que ele é assim!?", ao que me responderam "ele diz que quando foi ordenado foi no tempo de Pio XII, e que só tem que aceitar fazer como aceitou fazer naquele tempo em que foi ordenado". Mais há para dizer...
- Um outro Padre, temido por ser muito culto, era um homem com muito domínio de si, e apesar de do ar austero, tinha bom coração e claro sentido de justiça. Tal como os outros dois não tinha paroquianos. Vivia no seminário, não tinha paroquianos, era Perfeito de estudos, professor de línguas e bibliotecário, assistia espiritualmente uma comunidade de irmãs de certa idade. Tinha uma pequena capela privada montada num dos quartos do seminário junto à capela.
Bastaria um caso destes para desenganar os mal informados. Dei três casos, apenas de Padres que eu conhecia pessoalmente nos anos 90.
Quantos mais há!? Quantos mais houve!? ... Uma só afirmação não é para a nossa gente: "como eu não conheci nenhum, logo, não existiu nenhum!". O que dizer daquele cristão que no tempo das catacumbas achasse indicado contar cabeças!? ...
Não sei se alguém ou alguma entidade atreveu-se a fazer um levantamento destes casos em Portugal; o que seria trabalho meritório e de importância para a Santa Igreja. Se está por fazer, que se faça ...
2 comentários:
http://viriatos.blogspot.pt/2004/01/o-cnego-alegria-na-cultura-portuguesa.html
http://viriatos.blogspot.pt/2004/01/o-cnego-alegria-e-msica-litrgica.html
http://viriatos.blogspot.pt/2004/01/morreu-o-padre-alegria.html
Caro anónimo,
obrigado por comentar.
Sim.... acertou no nome de um!
Volte sempre, (e até identificado, se possível).
Enviar um comentário